Gonzaga Blota, diretor de novelas de sucesso como ‘Roque Santeiro’ e ‘Dancin’ Days’

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Gonzaga Blota, diretor de novelas de sucesso como ‘Roque Santeiro’ e ‘Dancin’ Days’

 

O diretor de TV Gonzaga Blota, ao lado de Janet Clair – (Foto: Reprodução)

 

Luiz Gonzaga Blota (Ribeirão Bonito, 22 de março de 1928 – 19 de novembro de 2017), ex-diretor de novelas, com mais de trinta anos de televisão, tendo passado pelas TVs Excelsior, Tupi e Globo, Lula – como era conhecido no meio artístico Luís Gonzaga Blota – tinha em seu currículo quase quarenta títulos, entre novelas e seriados, a grande maioria na Globo.

Blota dirigiu algumas das novelas mais marcantes da história da nossa televisão, como “A Muralha“, em 1968, “Saramandaia“, “O Astro“, “Dancin´ Days” e “Pai Herói“, nos anos 70, e “Roque Santeiro“, “Fera Radical” e “O Salvador da Pátria“, nos anos 80.

Com uma longa carreira na TV, dirigiu e co-dirigiu novelas de sucesso como “Saramandaia”, “O Astro”, Dancin’days, “Roque Santeiro”, além de fazer participações especiais como ator em vários programas.

Luiz Gonzaga Blota nasceu em Ribeirão Bonito, São Paulo, em 22 de março de 1928, e começou a carreira na TV Excelsior, onde dirigiu o seriado “Canal 9 contra o senhor Espectro”. Na Globo, estreou no comando de “Shazan, Xerife & Cia”, e de lá foi para a TV Tupi. Na volta à emissora carioca, Blota dirigiu mais de 30 atrações.

Começou sua carreira na década de 1950, como contra-regra na Rádio Tupi de São Paulo. Foi ator, mas estabeleceu-se como diretor de televisão. Sua primeira direção foi a série “Canal 9 Contra o Senhor Espectro”, em 1965, na TV Excelsior. Nesta emissora, dirigiu quatro novelas seguidas, entre 1968 e 1970 (quando a Excelsior fechou as portas): “A Muralha”, “Os Estranhos”, “Dez Vidas” e “Mais Forte que o Ódio”. Em 1972, teve uma passagem pela Globo (dirigiu episódios da série “Shazan, Xerife e Companhia”) e pela Tupi (a novela “Jerônimo, o Herói do Sertão”).

 

Em 1974, Blota voltou à Globo e não desligou-se mais da emissora. Entre os vários trabalhos na década de 1970, contou principalmente com as parcerias de Walter Avancini e Daniel Filho: “Supermanoela”, “Fogo Sobre Terra”, “Saramandaia”, “Duas Vidas”, “Espelho Mágico”, “O Astro” e “Dancin´Days”. Em 1979, assinou sua primeira direção geral, “Pai Herói”.

 

Entre o final dos anos 1970 e toda a década de 1980, dirigiu na Globo para todos os horários de novelas: “Marron-Glacé”, “Chega Mais”, “Plumas e Paetês”, “O Homem Proibido”, “Paraíso”, “Pão-Pão Beijo-Beijo”, “Voltei pra Você”, “Amor com Amor se Paga”, “Roque Santeiro”, “O Outro”, “Fera Radical” e “O Salvador da Pátria”.

 

Gonzaga Blota com Malu Mader, na época da novela “Fera Radical” (Foto da atriz)

 

Entre 1990 e 1996, fez seus últimos trabalhos: “Gente Fina”, “Pedra Sobre Pedra”, “O Mapa da Mina”, “Tropicaliente” e “O Fim do Mundo”. Também foi um dos diretores que implantou a “Malhação”, em 1995.

 

 

 

 

 

Na novela “Roque Santeiro” (1985), fez um de seus papéis mais emblemáticos. Na pele da Viúva Porcina, personagem de Betty Faria na primeira versão da trama, vetada pela censura, divertiu o público ao lado de Sinhozinho Malta (Lima Duarte) e de Roque (José Wilker) – (Foto: Reprodução)

 

 

Entre seus maiores sucessos estão “Saramandaia” (1976), “O Astro” (1977), “Dancin’ Days”(1978), “Pai herói” (1979), “Roque Santeiro” (1985) e “Fera radical” (1988). Ele também atuou em oito tramas, como “O Astro” (1977), e fez uma participação especial em “Dancin’ Days”.

 

 

José Mayer e Malu Mader dirigidos por Gonzaga Blota (à direita) em ‘Fera Radical’ (Foto: Marcos André Pinto)

 

 

A última novela de Blota foi “O Fim do Mundo” (1996). O diretor era casado com a atriz Cleyde Blota, que completou 77 anos, dia 18.

 

Cleyde e Gonzaga Blota eram casados (Foto: Adir Mera / 12.12.1979)

 

Gonzaga Blota era irmão do locutor, apresentador, produtor de TV e político Blota Júnior, morto em 1999, e tio de Sônia Blota (do jornalismo da Band) e do ator Blota Filho (atualmente em “Carinha de Anjo”, no SBT), filhos de outro irmão, Geraldo Blota.

 

 

Blota Júnior (Foto: Divulgação)

 

A sua mulher, a atriz Cleyde Blota, era figura constante em suas novelas. Atualmente, ela é vista em “Fera Radical“, em reprise no canal Viva, novela em que Blota trabalhou com a parceria de Denise Saraceni. Gonzaga Blota estava aposentado desde 1997 e vivia com a mulher, também aposentada, em Araruama, na região dos Lagos, no Rio de Janeiro.

Gonzaga Blota morreu em 19 de novembro de 2017, em decorrência de um ataque cardíaco, aos 89 anos.

O ator Blota Filho, sobrinho do ex-diretor, lamentou a morte do tio no Facebook. “Morreu, no Rio de Janeiro, meu tio Gonzaga Blota. Um dos grandes diretores de novelas da Rede Globo. Saudades das risadas e bom humor. Que a sua passagem seja cheia de luz e carinhos”.

(Fonte: https://nilsonxavier.blogosfera.uol.com.br/2017/11/21 – TV e FAMOSOS / Por Nilson Xavier – 21/11/2017)

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/revista-da-tv – CULTURA – TV – REVISTA DA TV / POR O GLOBO – 21/11/2017)

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