Giorgio Almirante, colaborador de Benito Mussolini e um dos fundadores do partido neofascista MSI – Movimento Social Italiano -, em 1946

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Ícone fascista

 

Giorgio Almirante pertencia ao partido de Benito Mussolini
(Foto: Ansa / Ansa – Brasil)

 

 

Giorgio Almirante (Parma, 27 de junho de 1914 – Roma, Itália, 22 de maio de 1988), foi um dos ícones do fascismo na Itália, colaborador de Benito Mussolini e um dos fundadores do partido neofascista MSI – Movimento Social Italiano -, em 1946.

 

Fiel ao “duce” mesmo depois de sua morte, em 1945, foi acusado pela esquerda de ter liderado a repressão aos comunistas durante a II Guerra Mundial. Não foram juntadas, porém, provas suficientes para condená-lo. Liderou o MSI até 1987.

 

Ex-membro do Partido Nacional Fascista (PNF), liderado por Mussolini, Almirante foi deputado da Itália de 1948 a 1988 e secretário do Movimento Social Italiano (MSI), que defendia o ideário do fascismo.

 

Além disso, foi ministro da Cultura Popular da República Social Italiana (RSI), a “República de Saló”, estabelecida pela Alemanha nazista sob um governo fantoche de Mussolini para comandar os territórios da Itália em poder de Berlim.

 

Em uma entrevista “secreta” feita em 1980, mas divulgada apenas em 2009, Almirante disse que não queria “morrer como fascista” e que acreditava nas instituições e na Constituição da Itália.

 

A derrota do fascismo italiano na Segunda Guerra não havia sido tão arrasadora quanto a do nazismo alemão. O Movimento Social Italiano, neofascista, disputou as eleições desde 1946; pequenos grupos de choque direitistas causam distúrbios desde fins da década de 50.

 

No entanto, os fascistas pereciam apenas figuras folclóricas, absolutamente secundárias no caótico teatro político italiano. Em 1969, porém, dois fatores principais lhes deram força crescente. De um lado, a complexa política de descentralização administrativa e redivisão territorial do país, a chamada regionalização.

 

O novo líder – O outro fator da ascensão fascista é o próprio Almirante. Fundador do MSI em 1946, sucedeu em junho de 1969 a Arturo Michelini (1909-1969), o cordato líder que durante 23 anos periodicamente assegurava a conservadores e a esquerdistas: “Graças a mim, os senhores não tem problemas com o fascismo”.

 

Almirante tinha sido líder da esquerda interna do fascismo; mas, ao subir à secretaria após a morte de Michelini, procurou unir o partido, lançando uma ponte em direção de Pino Romualdi (1913-1988), o chefe da direita radical.

 

Não contente com isso, Almirante procurou também reunir os grupos fascistas de choque sob a égide do MSI, até então preocupado apenas com eleições. Organizações treinadas militarmente, coo a Ordem Nova, Vanguarda Nacional, Europa Civilização, somavam cerca de 5000 direitistas, praticamente profissionais da violência em toda a Itália.

O Partido Republicano, como todos os conservadores italianos, sabiam muito bem que, uma vez eliminado o fascismo, restariam na Itália a aliança de centro-esquerda e o Partido Comunista.

Portanto, para o governo centro-esquerda de Emilio Colombo (1920-2013), o problema era destruir ao mesmo tempo os radicais de esquerda e de direita – exatamente a tarefa que se revelou politicamente impossível.

O partido cresceu 1% nas urnas, atingindo 1 milhão e meio de votos, 5% do eleitorado italiano, nas eleições de maio de 1970.

Giorgio morreu dia 22 de maio de 1988, aos 73 anos, de isquemia cerebral, em Roma, Itália.

(Fonte: Veja, 1° de junho de 1988 – Edição 1030 – DATAS – Pág; 95)

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/mundo – NOTÍCIAS – MUNDO – ANSA – 14 JUN 2018)

(Fonte: Veja, 10 de março de 1971 – Edição 131 – ITÁLIA – Pág: 46/47)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prefeita de Roma barra moção para homenagear ícone fascista

A prefeita de Roma, Virginia Raggi, anunciou que não acatará a moção aprovada pela Câmara Municipal para rebatizar uma praça ou uma rua da cidade com o nome de Giorgio Almirante (1914-1988), um dos ícones do fascismo na Itália.

 

A decisão foi tomada após Raggi, do Movimento 5 Estrelas (M5S), que apoiara o projeto, se reunir com sua base. “Nenhuma rua de Roma será dedicada a Giorgio Almirante”, garantiu. A prefeita ainda promoverá uma moção para proibir que vias públicas homenageiem expoentes do fascismo ou do antissemitismo.

 

O texto pró-Almirante é de autoria do partido de ultradireita Irmãos da Itália (FDI) e contou com o apoio de outras legendas conservadoras e do próprio M5S, sigla da prefeita Virginia Raggi e que governa o país em coalizão com a Liga.

 

“Vitória histórica da direita italiana e romana”, comemorara o líder do FDI na Câmara Municipal, Fabrizio Ghera. Uma das vereadoras que votaram no projeto é Rachele Mussolini, neta de Benito Mussolini. O Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, abandonou o plenário no momento da votação.

No passado, a comunidade judaica de Roma já havia criticado a hipótese de homenagear Almirante, acusando-o de ter colaborado com ideais de “defesa da raça”.

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/mundo – NOTÍCIAS – MUNDO – 14 JUN 2018)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em 22 de julho de 1943 – O ditador Benito Mussolini foi preso, encerrando o regime fascista na Itália.
(Fonte: http://www.guiadoscuriosos.com.br/fatos_dia – 22 de julho)

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