Gilda de Melo e Sousa, ensaísta e crítica de arte, uma referência para várias gerações de intelectuais brasileiros

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Ensaísta Gilda de Mello e Souza

 

A professora emérita da USP e crítica de arte foi referência para várias gerações

 

Gilda de Melo e Sousa (São Paulo, 24 de março de 1919 – São Paulo, 25 de dezembro de 2005)professora de estética da USP, ensaísta e crítica de arte, uma referência para várias gerações de intelectuais brasileiros.

Nascida em São Paulo em 24 de março de 1919, Gilda de Mello e Souza era casada desde 1943 com Antonio Candido, professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. 


Ela se formou em filosofia na própria USP, em 1939. Em 1941, participou da criação da revista “Clima”. Entre suas principais obras estão “O Tupi e o Alaúde” (1979), um dos trabalhos centrais sobre Mário de Andrade, e “O Espírito das Roupas”, uma análise estética, psicológica e sociológica sobre a moda no século 19. Em 2005, ela publicou “A Ideia e o Figurado” (ed. 34/Livraria Duas Cidades), que reúne sua produção crítica mais recente, com ensaios sobre Mário de Andrade e Fred Astaire, entre outros temas.

Gilda faleceu em 25 de dezembro de 2005, aos 86 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A causa da morte foi embolia pulmonar, mas ela já tinha complicações neurológicas havia três anos.

A seguir, professores e críticos ouvidos pela Folha falam sobre a importância de Gilda de Mello e Souza:

Franklin de Mattos, professor titular de filosofia na USP – “Estou muito abalado. Ela foi uma extraordinária e fina ensaísta. Teve vários ensaios importantes. Como professora do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, teve uma influência grande na formação de várias pessoas como Otília Arantes, Jorge Coli, Nelson Aguilar, José Miguel Wisnick e eu mesmo.”

Modesto Carone, escritor e tradutor – “A morte de Gilda de Mello e Souza representou uma perda muito séria tanto do ponto de vista subjetivo como no plano da cultura paulista e brasileira. Dona Gilda foi uma professora de estética muito querida pelos seus alunos da USP. Foi também uma ensaísta de qualidade excepcional -basta lembrar “O Espírito das Roupas” e “O Tupi e o Alaúde’-, além de uma escritora exemplar, cujo estilo (inclusive o dos contos) vem de longe, da geração “Clima”, à qual pertenceram Antonio Candido, Paulo Emílio Salles Gomes, Décio de Almeida Prado e tantos outros que marcaram fundo nossa vida intelectual.”

José Mindlin, empresário e bibliófilo – “Fomos amigos de uma vida inteira. É um casal extraordinário, um à altura do outro, ela e Antonio Candido. Parece lugar-comum falar em perda irreparável para literatura, mas é disto que se trata quando pensamos em sua competência como crítica literária.”

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO/ ILUSTRADA – MEMÓRIA/ DA REPORTAGEM LOCAL – MEMÓRIA – 27 de dezembro de 2005)

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