Gilberto Mestrinho, ex-senador e ex-governador do Amazonas.

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Popular; o político amazonense gostava de ser chamado pelo apelido “Boto Tucuxi”

Gilberto Mestrinho (Manaus, 23 de fevereiro de 1928 – Manaus, 19 de julho de 2009), que governou o Amazonas três vezes. Elegeu-se para o posto pela primeira vez em 1958. Foi cassado pelo regime militar, mas voltou ao governo em 1983 e 1991. Popular, foi acusado de superfaturar obras, desviar dinheiro público e comprar votos. Nos anos 80, defendeu o desmatamento da Amazônia.

Na década seguinte, abraçou a ecologia. Teve dez filhos com três mulheres e orgulhava-se de ser chamado de “Boto Tucuxi”, o personagem lendário que sai dos rios amazônicos para engravidar virgens. Mestrinho faleceu no dia 19 de julho de 2009, aos 81 anos, em decorrência de câncer de pulmão, em Manaus.
(Fonte: Veja, 29 de julho, 2009 – ANO 42 – N° 30 – Edição n° 2123 – DATAS – Pág; 50)

Gilberto Mestrinho (Manaus, 23 de fevereiro de 1928 – Manaus, 19 de julho de 2009), ex-senador e ex-governador do Amazonas. Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo ex-senador (PMDB). O ex-parlamentar Mestrinho também havia sido governador do Amazonas e prefeito de Manaus. Ele governou o estado por três vezes. No Senado, Mestrinho se notabilizou por comandar a Comissão Mista de Orçamento por três anos seguidos. Mestrinho teve um papel de destaque como líder político do Amazonas. Sua atuação ímpar como senador, presidindo por três vezes consecutivas a Comissão Mista de Orçamento, deixou sua marca na história do Senado. O governo do Amazonas decretou luto de três dias pela morte de Mestrinho. Em nota, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), lembrou a participação do ex-senador na vida pública nacional e sua contribuição como representante do Amazonas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também divulgou nota lamentando a perda.

Governador do Amazonas por três vezes, foi terror dos ambientalistas.

Auditor fiscal aposentado do Tesouro Nacional, Gilberto Mestrinho foi eleito três vezes governador do Amazonas. Ingressou na vida política em 1956, como prefeito de Manaus. Ao longo de sua trajetória, colecionou diversas polêmicas, principalmente na área ambiental. Ganhou apelidos como “imperador da selva” e “vilão ecológico”, mas o que mais gostava era “Boto Tucuxi”, título do livro do escritor Márcio de Souza.

Durante a conferência da biodiversidade, a Rio-92, no Rio de Janeiro, o então governador abusou da fama de politicamente incorreto. Aliado de madeireiras estrangeiras e inimigo de Sting, missionários estrangeiros, Raoni e de qualquer ecologista, pregava sem pudor: “A Amazônia não é museu. Sou a favor do desmatamento da floresta; as árvores velhas não produzem oxigênio, só gás carbônico”.

Durante a revolução de 1964, foi cassado, com base em denúncias de corrupção. Passou 20 anos fora do Amazonas. Sempre fiel ao PMDB, foi eleito para o Senado em 1998, onde permaneceu até 2007. Em abril de 2006, o então senador viveu momentos de terror ao lado de sua família, quando teve a casa invadida por 15 homens, em São Conrado, no Rio. Mestrinho, a mulher, Maria Emília, e três empregados foram amarrados e agredidos pelos bandidos. Os assaltantes queriam que ele abrisse um cofre que estava sem uso há anos. Como Mestrinho não conseguia abri-lo, eles ameaçaram decepar os dedos das mãos de Maria Emília.

O corpo do ex-senador e ex-governador do Amazonas Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), de 81 anos, Mestrinho faleceu no dia 19 de julho de 2009, depois de uma parada cardiorrespiratória. Seu corpo foi velado no salão nobre do Palácio Rio Negro, antiga sede do governo do estada. Mestrinho, que lutava contra um câncer de pulmão, estava internado desde o último dia 3, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Prontocord, em Manaus.

(Fonte: Veja, 20 de março, 1996 – ANO 29 – N° 12 – Edição n° 1436 – DATAS – Pág; 102)
(Fonte: www.g1.globo.com – 19/07/09)
(Fonte: www.oglobo.globo.com – 20/07/09)

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