Gilberto Chateaubriand, maior colecionador de arte do país, filho do célebre empresário Assis Chateaubriand, fundador do Museu de Arte de São Paulo (MASP),

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Gilberto Chateaubriand, maior colecionador de arte do país

 

Diplomata e filho de Assis Gilberto Chateaubriand, ele tinha acervo de mais de 8 000 obras com a fina flor do modernismo e da arte contemporânea

 

Gilberto Francisco Renato Allard Chateaubriand Bandeira de Melo (Paris, 1925 – Porto Ferreira (SP), 14 de julho de 2022), diplomata, colecionador cuja coleção soma mais de 8 mil obras de arte por trás do Museu de Arte Moderna, o MAM do Rio de Janeiro.

 

Filho do célebre empresário Assis Chateaubriand, fundador do Museu de Arte de São Paulo (MASP), com a francesa Jeanne Paulette Marguerite Allarde, Gilberto Francisco Renato Allard Chateaubriand Bandeira de Melo nasceu em Paris, em 1925.

 

Admirador das artes plásticas, acumulava uma coleção numerosa, na qual destacavam-se nomes consagrados do modernismo e da arte contemporânea nacional, como Anita Malfatti, Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari e Lygia Clark. Em 1993, boa parte do acervo foi cedido ao Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, em regime de comodato.

 

Nascido em Paris, em 1925, Gilberto era filho do empresário de comunicação Assis Chateaubriand (1892-1968) que, entre as décadas de 1920 e 1940 criou o primeiro grande império da comunicação no país, além de exercer forte influência política em todas as esferas do governo. Ele começou a sua coleção em 1953, aos 28 anos, com a tela Paisagem de Itapuã, de José Pancetti. Ao longo dos anos, foi montando pequenas coleções dentro de sua própria coleção. Depois de Pancetti, Carlos Scliar foi o segundo artista que o colecionador sempre acompanhou.

 

Gilberto Chateaubriand só soube que era filho de Assis aos 13 anos. Levou outros quatro anos para ser legalmente reconhecido. Começou então uma relação conflituosa que acabou chegando ao rompimento em 1961. A partir daí, começaram as acusações, de ambos os lados.

Como colecionador, montou um acervo exemplar, com cerca de 8 mil obras, no qual estão representados grandes momentos da arte nacional. Ao mesmo tempo, se tornou uma espécie de embaixador das artes brasileiras. Consciente de que um patrimônio cultural desta dimensão não pode ficar restrito a quatro paredes, cedeu-o, em 1993, em comodato ao Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio, potencializando de forma impressionante seu alcance. Fato que não reduziu em nada seu desejo de continuar buscando as obras que estão definindo os rumos da arte brasileira.

 

Para Chateaubriand, colecionar obras de arte era uma forma de mecenato. “Isso porque envolve necessariamente uma relação pessoal com a obra de arte. Não existem mecenas ‘impessoais’ da mesma forma como existem investidores impessoais. É algo que você sabe ser fundamental para a sociedade, ou é melhor você deixar de lado”, disse ao Estadão em 2001.

No total, cerca de 500 artistas integram a coleção do diplomata, famoso pelo seu conhecimento profundo das peças que mantinha. A importância do acervo era tanta que ele chegou a ser transformado em livro em 2012, lançado em três volumes pela editora Barléu.

 

Gilberto Chateaubriand faleceu na quinta-feira, 14, aos 97 anos por causas naturais enquanto dormia na sua fazenda em Porto Ferreira (SP). Ele estava em sua fazenda, no interior do Rio de Janeiro, e deixa um filho único, Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand.

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – NOTÍCIAS / BRASIL / por Estadão Conteúdo – 14/07/2022)

(Fonte: https://veja.abril.com.br/cultura – CULTURA / Por Amanda Capuano – 14 jul 2022)

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