O artista bon vivant Giacomo Casanova

 

Giovanni Giacomo Casanova (Veneza, Itália, 2 de abril de 1725 – 4 de junho de 1798), ator, escritor e aventureiro veneziano, mais conhecido por sua legendária capacidade de conquistar mulheres.

Irrequieto e agitado por uma inquietação que nunca o abandonou em 73 anos de vida, este sedutor em movimento perpétuo passa grande parte da sua vida em viagens por Avinhão, Marselha, Florença, Roma, Praga, São Petersburgo, Istambul e Viena.

Viajou por toda a Europa e conheceu todos as personagens relevantes da sua época. Personagem, por sua vez, característico do Iluminismo do século XVIII, epicúrio e racionalista, é recordado sobretudo pelas suas inumeráveis histórias galantes. Já idoso, em 1788, foi nomeado bibliotecário do conde e seu protetor Waldstein-Wartenberg.

Em suas aventuras constam uma mirabolante fuga na madrugada de 21 de junho de 1791, do rei Luís XVI da França, disfarçado de mordomo e acompanhado de Maria Antonieta e seus filhos, tomou a estrada Paris – Verdum, numa desesperada tentativa de escapar à revolução que explodia às suas costas.

Poucas horas depois, uma diligência seguia o mesmo percurso, tendo a bordo alguns ilustres revolucionários. E, lado a lado com ela, seguia um “desobrigante” – uma espécie de charrete para uma só pessoa -, conduzido por ninguém menos que Giacomo Casanova. A fuga de Luís XVI é absolutamente real e consta da crônica da Revolução Francesa.

Dedicou os seus últimos anos à escrita de um romance, Isocameron, e, especialmente, à redacção das suas memórias, História da minha vida, volumosas e escritas em francês, que constituem um fascinante testemunho da época.

(Fonte: Veja, 5 de outubro de 1983 – Edição 787 – CINEMA/ NELSON HOINEFF – Pág: 145)

 

 

 

 

 

 

Museu em Veneza conta a história do bon vivant Giacomo Casanova

Realidade virtual permite aos visitantes conhecer a juventude do artista

Um museu em homenagem ao escritor e aventureiro Giacomo Casanova foi inaugurado em 2 de abril de 2018, em Veneza. Segundo os organizadores, o objetivo é entender o artista além de sua fama de “mulherengo e bon vivant”.

Não que o Giacomo Casanova Museum and Experience esconda o lado libidinoso dele. Em um dos cômodos, há uma instalação que faz parecer que Casanova está seduzindo uma mulher bem na frente dos visitantes. Mas os curadores estão procurando esclarecer outros aspectos do escritor veneziano cujo livro de memórias, “História da Minha Vida”, fornece uma das melhores crônicas da alta sociedade europeia do final do século XVIII.

“Queremos que esse personagem, essa pessoa seja conhecida em sua totalidade”, disse o diretor do museu, Andrea Cosentino. “Aqui nós damos a base do que ele era, não apenas como amante, mas também como homem, filósofo e estudioso”.

Usando uma variedade de tecnologia de realidade virtual, os visitantes podem ler, ouvir e assistir apresentações digitais sobre a juventude e a vida de Casanova – ele nasceu em 1795 na República de Veneza.

Os visitantes podem aprender sobre suas viagens pela Europa, sua relação com a cidade, suas prisões e fugas, sua personalidade e realizações acadêmicas, bem como sua interpretação no cinema ao longo dos anos.

(Fonte: https://oglobo.globo.com/boa-viagem – BOA VIAGEM / POR AP – 01/04/2018)