Germán Efromovich, formou um império na água e no ar, com as empresas Marítima e Avianca

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German Efromovich, presidente da Avianca, antiga OceanAir, no Aeroporto Internacional de Guarulhos - (Foto: Germano Luders/EXAME)

German Efromovich, presidente da Avianca, antiga OceanAir, no Aeroporto Internacional de Guarulhos – (Foto: Germano Luders/EXAME)

Germán Efromovich, empresário e industrial brasileiro-colombiano, dono da Avianca

Formou um império na água e no ar, com as empresas Marítima e Avianca, comprando companhias à beira da falência e aviões abandonados.

Mesmo sem dinheiro, hospedava-se em hotéis cinco estrelas para impressionar clientes e firmava compromissos que não conseguia cumprir.

Hoje, sua holding Synergy Group é um conglomerado industrial com base no Rio de Janeiro, que atua em exploração de petróleo, companhias aéreas, geração de energia e no setor de telecomunicações.

Origem

Apesar de atualmente ser dono de grandes empresas, a história de Efromovich começou em uma família pobre, fugindo da guerra.

Casado, pai de três filhas, Efromovich era pobre. Sempre tive de ganhar o meu dinheiro”, diz. Essa história começa na Polônia, na véspera da II Guerra Mundial, quando a família, incluindo o pai, fugiu para a Rússia – onde conheceu a futura mulher. Depois, emigrou para a Bolívia, onde Germán nasceu, em 1948. Depois de uma passagem pelo Chile, a família desembarcou em São Paulo.

Seus pais, judeus poloneses, escaparam do país europeu após a Segunda Guerra Mundial, em direção à América do Sul. Primeiro, vieram para a Bolívia, onde Germán Efromovich nasceu em 1948, e depois para o Chile.

Quando ele estava com 14 anos, a família se mudou para São Paulo, no Brasil, onde finalmente se estabeleceu. Efromovich naturalizou-se brasileiro e começou a trabalhar ainda adolescente, vendendo enciclopédias e como dublador de filmes e como professor.

Efromovich naturalizou-se brasileiro. Desde os 13 anos, mergulhou no trabalho. Vendeu enciclopédias e fundos de investimentos e, graças ao domínio da língua espanhola, fez dobragens de filmes. Formou-se em engenharia mecânica – nas carteiras da sala de aula sentava-se também um metalúrgico chamado Luiz Inácio da Silva, o Lula, que viria a ser presidente do Brasil. Assim que acabou o curso, abriu uma empresa de testes de estrutura. À noite, trabalhava em obras e examinava estruturas de construções industriais; durante o dia, tratava da área administrativa da empresa e visitava clientes. “Faltava dinheiro para tudo”, diz ele. Depois do expediente, ia para restaurantes lavar pratos.

Formou-se na Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), em engenharia mecânica e abriu uma escola em São Bernardo do Campo, onde oferecia cursos de supletivo. Um de seus alunos de matemática foi, inclusive, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Efromovich voltou para o Brasil com diversas parcerias com empresas americanas. Nascia a Marítima, a empresa-mãe do grupo. Hoje, da ampla janela do seu gabinete, Efromovich tem uma visão quase completa de suas operações. Além do aeroporto, pode ver os navios na baía de Guanabara – e tem negócios na área de construção naval; ao longe avista uma plataforma petrolífera – e constrói e instala plataformas, além de explorar petróleo no Brasil, no Equador e na Colômbia. Mas não só: Efromovich monta infraestruturas para telefonia em Miami, extrai gás natural no Texas.

Império no mar

Na década de 1990, criou a Marítima. Até 1994, a pequena empresa fazia vistorias em equipamentos submarinos. A empresa funcionava numa casa ao pé de uma favela num subúrbio do Rio de Janeiro.

Menos de um ano depois, a insignificante Marítima, cujo patrimônio não chegava a 1 milhão de dólares, começar a ganhar quase todas as concorrências da Petrobras para a construção de plataformas de perfuração e exploração de petróleo, afirma a reportagem.

Sem experiência em grandes contratos, Germán Efromovich montou um império na área de petróleo, ao lado de seu irmão José Efromovich.

Em 2001, no entanto, o império marítimo ficou manchado por conta de um acidente. Em março de 2001, a plataforma P-36, que tinha sido entregue à Marítima, sofreu duas explosões. 11 pessoas morreram e 1500 toneladas de óleo afundaram na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

As disputas judiciais pela responsabilidade do acidente se estenderam por anos. Por esse motivo e por atrasos nas entregas, a Petrobras cancelou os contratos com a companhia.

Hoje, a Marítima estende os braços por outros nove países. É apenas uma das companhias do Synergy Group.

A vida no ar

Seu interesse pela aviação começou por causa de uma dívida. Para não receber um calote, ele recebeu dois aviões como pagamento.

Com eles, transportava funcionários das petrolíferas para Macaé, no norte do Estado do Rio de Janeiro. A OceanAir nasceu em 2002, tendo seu irmão José Efromovich como sócio. Em 2010, a companhia foi renomada para Avianca Brasil. Atualmente, o presidente é seu irmão, José.

Elevar a OceanAir de uma companhia de táxi aéreo a uma empresa de aviação regular foi uma pechincha. Comprou aviões Fokker-100, que estavam parados no deserto nos EUA, por um preço muito baixo, apesar dos conselhos de que o avião tinha má fama por estar associado a diversos acidentes.

Ele também adquiriu modelos depreciados e fora de linha de empresas como a antiga Rio Sul, da extinta Varig.

O empresário comprou a Avianca, uma companhia colombiana que estava na falência, em 2004. “Pegamos essa empresa na lona”, disse ele, em entrevista àFolha de S.Paulo. Fundiu-se com a Taca, de El Salvador, cinco anos mais tarde.

A um jornal português, afirmou que “a crise é o melhor momento para se iniciar um negócio”.

Apesar de ter sua imagem manchada no Brasil, a Colômbia o vê de maneira completamente diferente. Lá, ele é o empresário que Avianca da falência. Ganhou do ex-presidente Álvaro Uribe mais uma cidadania, a colombiana.

Além das cidadanias colombiana e brasileira, o empresário também conseguiu a polonesa, país de origem de seus pais, em 2012.

naturalização foi um movimento para melhorar sua posição na concorrência pela TAP, disputa que acabou perdendo.

Depois de anos tentando comprar a TAP, o empresário Germán Efromovich perdeu a disputa para David Neeleman, dono da Azul.

Efromovich, dono da Avianca, estava há quase três anos tentando abocanhar a companhia aérea portuguesa, em processo de privatização. A compra seria bem do seu perfil. O dono da Avianca tem um faro especial para empresas quebradas ou em dificuldade.

(Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/noticias – NEGÓCIOS/ Por Karin Salomão – 12/06/2015)

(Fonte: http://www.dn.pt/economia/dinheiro-vivo -2932556 – Economia/ Por Vítor Martins – 20 DE DEZEMBRO DE 2012)

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