Genolino Amado, cronista e ensaísta, membro da Academia Brasileira de Letras

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Genolino Amado (Itaporanga, 3 de agosto de 1902 – Rio de Janeiro, 4 de março de 1989), cronista e ensaísta, era membro da Academia Brasileira de Letras desde 1973. Primo do escritor Jorge Amado, suas crônicas sobre o Rio de Janeiro, transmitidas pela Rádio Mayrink Veiga com o título de Crônicas da Cidade Maravilhosa, na década de 50, inspiraram a composição do hino do então Estado da Guanabara.

A reminiscências de Genolino Amado, na sua maneira e na medida de suas possibilidades, foi um homem público: o sergipano trabalhou com Lourival Fontes, quando este era o todo-poderoso Chefe da Casa Civil do presidente Getúlio Vargas.

Ligado ao processo cultural brasileiro através do serviço público e do exercício das letras, é natural que acumulasse lembranças e experiências e desejassem transmiti-las ao julgamento de seus contemporâneos e das novas gerações.

Menos formal diante do espelho, medindo pouco as atitudes e sem pesar muito as palavras, Genolino Amado (nascido em 1902) entrega-se, em “Um Menino Sergipano”, a um retrospecto tão ameno, terno e tolerante quanto a “Crônica da Cidade”, que escrevia, no decênio de 40, para a Rádio Nacional, e César Ladeira lia após a clarinada final do “Repórter Esso”, às 13 horas.

Nem assim, e apesar do teor pessoal, o livro negaceia interesse histórico: ele testemunha a transformação de uma sociedade rural em sociedade industrial, o processo de urbanização começa a esvaziar caciques políticos tradicionais. A visão de Genolino Amado é anterior à de seu co-estaduano Amando Fontes nos romances “Os Corumbas” e “Rua do Siriri”, mas já antecipa problemas colocados pela explosão urbana.

Genolino Amado não quis documentar-se, embora realizasse pesquisas a respeito de topônimos sergipanos. Preferiu escrever ao sabor de impressões que se vão desatando.

Genolino Amado morreu dia 4 de março de 1989, aos 80 anos, de insuficiência respiratória, no Rio de Janeiro.

(Fonte: Veja, 15 de março, 1989 – Edição 1071 – DATAS – Pág; 81)

(Fonte: Veja, 8 de fevereiro de 1978 -– Edição 492 -– LITERATURA/ Por Hélio Pólvora – Pág: 82)

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