Francisco Julião, foi um dos responsáveis pelo crescimento do movimento camponês em todo o Brasil, e um ferrenho defensor da reforma agrária

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Francisco Julião (Bom Jardim, 16 de fevereiro de 1915 – Cuernavaca, 10 de julho de 1999), fundador das Ligas Camponesas e ex-deputado

Julião era pernambucano, de Bom Jardim, e foi um dos responsáveis pelo crescimento do movimento camponês em todo o Brasil. Foi, também, um ferrenho defensor da reforma agrária.

Julião foi acusado pela regime militar de organizar milícias e de treinar camponeses para a luta armada. Apesar de o slogan das Ligas Camponesas ser “Reforma agrária, na lei ou na marra”, o ex-deputado sempre negou seu envolvimento na luta armada e afirmava que as Ligas eram um movimento “absolutamente legalista e pacifista”.

Com a anistia, o ex-deputado voltou ao país e foi um dos mentores do Pacto da Galileia, onde usineiros pernambucanos comprometiam-se a doar 10% de suas terras para a reforma agrária. Por causa do acordo, Julião apoio a candidatura de José Múcio, em 86, ao Governo do Estado. A esquerda questionou esse posicionamento, principalmente porque o outro candidato era Miguel Arraes, que havia apoiado a luta de Julião na década de 60. Com a derrota de Múcio, Julião tentou reativar o pacto no Governo Joaquim Francisco.

O ex-deputado havia retornado ao México em 1997, para escrever um livro de memórias, onde contaria a sua trajetória como ativista político de esquerda na época da repressão militar no Brasil.

Francisco Julião morreu em 10 de julho de 1999, vítima de um enfarte fulminante, na cidade Cuernavaca, no México, aos 84 anos. Ele passou 16 anos exilado no México.

 

(Fonte: http://www2.uol.com.br/JC/_1999/1207/po1207b – PERSONAGEM – POLÍTICA – Jornal do Commercio – Recife – 12.07.99)

 

 

 

 

 

 

 

 

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