Foi uma das primeiras cientistas a se manifestar sobre o aquecimento global, como pesquisadora ambiental pioneira

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Ex-membro do conselho da EESI e pioneira ambiental

 

A Dra. Ruth Patrick percebeu que as diatomáceas (na foto) poderiam ser usadas como indicadores de poluição (crédito: Wipeter/Wikipedia)

A Dra. Ruth Patrick percebeu que as diatomáceas (na foto) poderiam ser usadas como indicadores de poluição (crédito: Wipeter/Wikipedia)

 

Ruth Patrick, pioneira em biologia de riachos

Foi uma ecologista pioneira em riachos cujo trabalho levou ao movimento ambientalista moderno.

 

Ruth Patrick, trabalhando na Academia de Ciências Naturais em 2006. (MICHAEL S. WIRTZ / Fotógrafo da equipe)

 

 

A Dra. Ruth Patrick, que foi membro do conselho do EESI desde sua criação em 1984 até 2010 e permaneceu como membro do conselho consultivo até seu falecimento, foi pioneira em biologia de riachos.

Ruth Patrick, uma ecologista pioneira em riachos cujo trabalho levou ao movimento ambientalista moderno.

Em oito décadas de trabalho — ela ainda ia ao seu escritório na Academia de Ciências Naturais da Universidade Drexel quando tinha 100 anos — ela foi convocada por presidentes, foi uma respeitada conselheira da indústria e foi uma inspiração e mentora querida para tantos jovens cientistas que foi apelidada de “a mãe da ecologia” pelo biólogo da Universidade Harvard, EO Wilson.

Ela recebeu a Medalha Nacional de Ciência em 1996 do presidente Clinton, somando-se a mais de três dúzias de prêmios e 25 títulos honorários.

Carol Werner, Diretora Executiva do EESI, registrou seu falecimento com profunda tristeza. “Ruth foi uma verdadeira pioneira, tanto como mulher em uma área dominada por homens quanto como pesquisadora ambiental pioneira. O EESI teve muita sorte de tê-la como membro do conselho por 26 anos; nos beneficiamos muito de seus conselhos e apoio.” De fato, a Dra. Patrick participou de vários projetos de proteção da qualidade da água, inclusive como palestrante com membros do Congresso em uma série de reuniões públicas patrocinadas pelo EESI em todo o país para determinar as necessidades e opções para a legislação nacional de proteção das águas subterrâneas. A Dra. Patrick frequentemente presidia briefings e reuniões do EESI, frequentemente emprestando seu nome e influência às propostas do EESI para o Congresso.

Tendo iniciado sua carreira em ciências naturais em 1934, a Dra. Patrick enfrentou adversidades em um campo dominado por homens. No entanto, apesar desses desafios, ela lançou as bases para o movimento ambientalista e fez contribuições duradouras para a ecologia. Os estudos da Dra. Patrick se concentraram na poluição da água e do ar em uma época em que esses conceitos mal haviam penetrado na consciência pública. Uma de suas principais contribuições para o campo da limnologia foi avaliar o nível de poluição da água medindo a presença de diatomáceas, organismos unicelulares amplamente disseminados, na água. Em vez de medir os níveis químicos, medir a presença de formas de vida simples permite uma melhor avaliação da saúde total do ecossistema. Devido ao seu trabalho, o uso da biodiversidade como o principal indicador da saúde da água é agora conhecido como o princípio de Patrick.

A Dra. Patrick foi pioneira no uso de descobertas científicas para defender mudanças públicas. Seu trabalho em limnologia gerou atenção política para o problema da poluição da água e, em 1972, ela ajudou a redigir e aprovar a Lei da Água Limpa. Ela também contribuiu para o debate político assessorando os presidentes Lyndon B. Johnson e Ronald Reagan em questões ambientais. Além de inovar com a legislação sobre poluição da água, a Dra. Patrick também foi uma das primeiras cientistas a se manifestar sobre o aquecimento global.

Ao longo de sua carreira, a Dra. Patrick escreveu mais de 200 artigos e contribuiu para diversos livros. De 1973 a 1976, foi a primeira mulher a presidir o Conselho Administrativo da Academia de Ciências Naturais. Além disso, a Dra. Patrick lecionou botânica na Universidade da Pensilvânia por 35 anos. Durante seus muitos anos de trabalho, a Dra. Patrick recebeu diversos prêmios, incluindo a Medalha Nacional da Ciência e o Prêmio Benjamin Franklin por Realização Científica Excepcional.

A Dra. Ruth Patrick deixa um legado impressionante de pioneirismo no campo da ecologia; suas contribuições para o meio ambiente foram importantes e duradouras.

Ruth faleceu em 23 de setembro de 2013, aos 105 anos.

Ruth Patrick deixa seu filho, Charles Hodge V, 3 enteados, 15 netos e 18 bisnetos.

(Créditos autorais reservados: https://www.eesi.org/articles/view – Instituto de Estudos Ambientais e
Energéticos – 24 de setembro de 2013)

Autora: Gabrielle Tilley

Copyright © Instituto de Estudos Ambientais e Energéticos (EESI).

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