Foi um dos donos da primeira equipe de competição patrocinada no Brasil

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Certa vez, um representante do automobilismo brasileiro teria dito que, se um aspirante a piloto não tivesse sobrenome italiano, não conseguiria ir longe nas pitas.

Luiz Pereira Bueno (São Paulo, 16 de janeiro de 1937 – Atibaia, 8 de fevereiro de 2011), um dos mais famosos pilotos brasileiros, paulistano de Higienópolis, mostrou que essa teoria estava errada e fez história.

Conhecido como Peroba, fez uma carreira sólida nas provas de turismo, conquistando corridas como as Mil Milhas –também vencidas por nomes como Chico Landi, Christian Heins, Chico Serra e Maurizio Sala –de 1967. Além disso, integrou a lendária equipe Hollywood.

“Luizinho” também se arriscou no mundo da F-1 e disputou o primeiro GP do Brasil em 1972 como uma prova não oficial, a bordo de um March, e terminou em sexto.

Um ano depois, ele correu a mesma prova pela equipe Surtees, mas desta vez o evento foi reconhecido oficialmente. Cruzou a linha de chegada em 12º lugar.

Bueno nasceu em 16 de janeiro de 1937 na capital paulista. Começou a carreira no automobilismo em 1958.

Suas façanhas estão no livro “Paixão e técnica ao volante: a história do automobilismo brasileiro por Luiz Pereira Bueno escrito pelo jornalista Marco Polo Henriques e patrocinado pela Mahle.

A obra narra episódios memoráveis da vida do piloto, que começou a correr em 1958. Ao lado de Bird Clemente e outros ases do automobilismo, como Wilson Fittipaldi, Luiz integrou a equipe Willys (posteriormente Ford-Willys e Bino) até 1970. Foi ainda um dos primeiros brasileiros a correr na Europa. Pela equipe do britânico Stirling Moss, sagrou-se vice-campeão da Fórmula Ford inglesa de 1969. Venceu cinco campeonatos brasileiros e participou de duas corridas de Fórmula 1 – a primeira do país, em 1972, e em 1973.

Como um dos donos da primeira equipe de competição patrocinada no Brasil, a Hollywood, imortalizou o Porsche 908 e o Opala. “Comedido, ele errava pouco e transmitia confiança ao chefe de equipe”, afirma o amigo Bird Clemente. “Costumo compará-lo ao francês Alain Prost.” Ganhou o apelido Peroba pelo seu porte, forte como o de uma madeira. “Ele sempre foi equilibrado nas pistas e extrovertido fora delas.”

O ex-piloto paulista Luiz Pereira Bueno morreu em 8 de fevereiro de 2011 aos 74 anos, vítima de câncer no pulmão, em sua casa, em Atibaia (64 km de São Paulo).

(Fonte: Quatro Rodas – Edição n° 614 – Fevereiro de 2011 – Via expressa – Pág; 20)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/esporte/872374- ESPORTE – DA LANCEPRESS – 08/02/2011)

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