Foi apontado como uma espécie de precursor do MMA no que diz respeito à mobilização dos espectadores

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Apontado como uma espécie de precursor do MMA no que diz respeito à mobilização dos espectadores

Mario Marino, mais conhecido como Ted Boy Marino, ídolo do telecatch.

Distante da geração acostumada com as disputas em alta definição do MMA (artes marciais mistas), tratava-se de uma luta livre teatralizada, em que ninguém se machucava de verdade, popular na televisão nas décadas de 1960 e 70.

Marino sofreu uma parada cardíaca após cerca de nove horas de uma cirurgia de emergência no Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, aonde havia chegado pela manhã, com infecção vascular aguda.

Os lutadores – ou personagens – do telecatch dividiam-se entre heróis e vilões. Ted Boy pertencia ao primeiro grupo e se tornou um ídolo nacional. Já conhecido do público, participou do elenco de Adoráveis Trapalhões, com Renato Aragão, Wanderley Cardoso e Ivon Cury. Criado em 1966, na TV Excelsior, o programa foi o embrião do que viria a se tornar um dos humorísticos de maior sucesso da TV brasileira. Também ao lado de Aragão, estrelou o filme Dois na Lona, em 1968.

Marino era italiano, nascido em Fuscaldo Marina, na Calábria. Mudou-se com a família – os pais e cinco irmãos – para Buenos Aires, aos 12 anos, onde praticou halterofilismo. No início da década de 1960, participou de disputas transmitidas pela televisão argentina. Chegou ao Brasil em 1965. Contratado pela Excelsior, Ted Boy Marino conquistou uma legião de fãs ao derrubar vilões da luta livre como Aquiles, Barba Negra, Rasputin e Verdugo.

Embora o telecatch possa ser apontado como uma espécie de precursor do MMA no que diz respeito à mobilização dos espectadores, Marino não gostava do Ultimate Fighting Championship (UFC). “A minha luta só aparentava ser bruta, mas era uma diversão. Tinha o bom e o mau caráter. Lá (no UFC), você tem de matar ou morrer. Isso se chama esporte? É uma briga de rua”, declarou, em fevereiro de 2012, ao jornal O Estado de S. Paulo.

(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – N.° 17.158 – MEMÓRIA – 28 de setembro de 2012)

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