Florestan Fernandes, sociólogo, um dos intelectuais mais relevantes do Brasil no século XX

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AO MESTRE, COM SAUDADE

Florestan Fernandes (São Paulo, 22 de julho de 1920 – São Paulo, 10 de agosto de 1995), sociólogo, um dos intelectuais mais relevantes do Brasil no século XX. Nascido em 1920, foi professor da PUC-SP, da USP e da Universidade de Toronto, no Canadá. Fora da sala de aula, era um dos principais ideólogos do PT. Hoje, dá nome a um instituto que desenvolve políticas públicas.

(Fonte: IstoÉ/1931 – 25/10/2006, Edição Especial 30 anos – 1995 – Memória – Editora Três – Pág; 175)

 

 

 

Florestan: em busca do socialismo puro

A fidelidade a si mesmo é, sem dúvida, uma das razões do fascínio exercido pela figura humana de Florestan Fernandes. Há várias décadas o veterano sociólogo procura apaixonadamente uma síntese da militância socialista com a objetividade do trabalho científico – tentando, desde os anos 40, acolher as contribuições de Marx e Engels às ciências sociais sem impugnar outros métodos e outras teorias.

“Poder e Contrapoder na América Latina” se compõe, basicamente, de três ensaios: um sobre o fascismo em nossas plagas (1971), outro sobre os movimentos guerrilheiros (escrito em 1971 e reelaborado em 1977) e um terceiro a respeito das “revoluções interrompidas” nesta parte do mundo em que vivemos. Segundo o livro, a América Latina é um terreno particularmente fértil para novas modalidades de fascismo, difusas e fluidas. O único caminho para a genuína revolução democrática entre nós – afirma o sociólogo – “seria o oferecido pelo socialismo puro e convicto”, longe da ilusão liberal de uma democratização em módicas e suaves prestações. O que, combatividade à parte, pode encerrar um adiamento da solução de todos os problemas para quando o socialismo chegar.

(Fonte: Revista Veja, 2 de setembro de 1981 – Edição 678 – Livros / Por LEANDRO KONDER – “Poder e Contrapoder na América Latina”, Florestan Fernandes – Pág: 97)

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