Ferdinand Lundberg, escritor, jornalista e autor especializado em investimentos e milionários.

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Ferdinand Lundberg (30 de abril de 1902 – 1° de março de 1995), escritor, jornalista e autor especializado em investimentos e milionários.

Lundberg é autor do best-seller “Os Ricos e os Super-Ricos” (1972).

Em 1929, quando começou o crash da Bolsa de Nova York, denunciou no “New York Herald”, onde assinava uma coluna de investimentos, o fim do pequeno acionista e a glória dos magnatas.

Em 1937 abalou a ideia de uma sociedade economicamente equânime, traçando o retrato das seiscentas famílias mais ricas do país.

Com o livro “Os Ricos e os Super-Ricos”, ele pretendeu reunir, num só trabalho, as principais ideias de todas as obras anteriores, publicadas em quarenta anos.

Assim, mostrou que os ricos e os super-ricos americanos vão muito pouco à escola, fazem negócios que são capazes de levá-los aos tribunais, criam fundações filantrópicas nas quais os maiores beneficiados pela caridade são os próprios filantropos e, além disso, estabeleceram vínculos tão sólidos com a política e a administração a ponto de não se poder descobrir onde termina um departamento da General Motors e começa um prédio do governo.

Pelas pesquisas de Lundberg verifica-se também que a carreira política, nos Estados Unidos, é um bom negócio.

O livro reúne pequenas biografias de quase todas as super-fortunas americanas. No pessoal, Lundberg não é um apologista nem um detrator. Mantém uma razoável objetividade e, se em alguns casos cita milionários que não terminaram o ciclo colegial mas compensaram essa deficiência cultural colecionando títulos “honóris causa” nas universidades para quem assinavam cheques.

Lundberg foi um pesquisador mais sério que Fred J. Cook (1911-2003), que descobriu nos desvios sexuais de alguns senadores uma peça de acusação para seu livro “Uma Nação Corrompida”. Por isso, “Os Ricos e os Super-Ricos”, mesmo sem ser um trabalho de esmero universitário, é um excelente roteiro jornalístico dos hábitos e dos recursos inimagináveis de pessoas tão poderosas.

Lundberg acrescentou alguns detalhes elucidativos às carreiras de alguns grandes homens de negócios que a própria história americana, sem adotar maiores preconceitos contra a riqueza, batizou de “barões ladrões”.

(Fonte: Veja, 19 de abril de 1972 – N° 189 – Edição 189 – LITERATURA – Pág: 88)

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