Farley Mowat, prolífico autor de romances e biografias, lutava pelos direitos dos nativos e criticava o abuso ambiental

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Autor e ambientalista canadense

 

O autor canadense Farley Mowat. (Foto: Divulgação)

O autor canadense Farley Mowat. (Foto: Divulgação)

 

 

Autor canadense vendeu mais de 17 milhões de exemplares de seus livros pelo mundo

Farley Mowat (Belleville, 12 de maio de 1921 – Port Hope, Ontario, 6 de maio de 2014), autor e ambientalista canadense, escritor fervoroso e às vezes polêmico que vendeu cerca de 17 milhões de livros, um dos escritores mais famosos do Canadá, que também lutava pelos direitos dos nativos e criticava o abuso ambiental.

O trabalho de Mowat revelou a milhões de leitores o norte do Canadá, uma região vasta e escassamente habitada que poucos escritores haviam explorado com profundidade antes. Ele também fez campanha pela preservação da vida selvagem e se opôs fortemente à presença humana excessiva na área.

“Lamento por nós, porque não somente somos um animal ruim, mas inevitavelmente um animal condenado. Toda espécie desaparece. Mas nossa condenação é aqui e agora”, disse ele em entrevista em 1998.

Amante e defensor fervoroso da natureza, ele mostrou, com seus relatos, as vastas terras selvagens de seu país para o mundo inteiro. Seu livro “The Dog who Wouldn’t Be” (1957) foi apontado pela crítica como um dos melhores romances juvenis de todos os tempos.

Mowat foi um reconhecido autor, ecologista, ativista e veterano da Segunda Guerra Mundial que serviu em toda a Europa. Um dos autores canadenses mais lidos, era um narrador genuíno com um autêntico dom para compartilhar lembranças pessoais de forma engenhosa e simpática.

Mowat retornou ao Canadá após a Segunda Guerra traumatizado pelos horrores do conflito e desencantado com os seres humanos, o que o levou a buscar refúgio na natureza, especialmente no Ártico canadense.

Como ativista, Mowat é considerado um dos intelectuais que criou o movimento ecologista no Canadá.

O escritor e ambientalista canadense era um prolífico autor de romances e biografias, um ecologista ferozmente oposto à caça comercial de focas.

Mowat era autor de 45  livros e vendeu mais de 17 milhões de exemplares traduzidos para 52 idiomas. Ele escrevia desde livros humorísticos e leves até assuntos históricos e contos sobre injustiça.

Um tema, porém, era constante: sua relação com a natureza, e condenava o ser humano como força destrutiva desta.

O livro mais famoso do escritor é “Os Lobos Não Choram” (1963), no qual conta suas aventuras como biólogo em uma missão para estudar os lobos do Ártico canadense, em 1946.

Sua carreira como autor começou a se firmar no final dos anos 1940, depois de servir no exército canadense durante a Segunda Guerra Mundial, como soldado na Itália, ganhou proeminência em 1952 com seu primeiro livro, “People of the Deer” (Povo do alce, em tradução livre), que descrevia as penúrias da tribo Inuit em luta com a inanição e a indiferença do governo no Ártico canadense.

O livro despertou interesse no norte, e Mowat aumentou a fama com “Never Cry Wolf” (Nunca grite lobo, em tradução livre), de 1963, no qual tentou desfazer a imagem do lobo como uma máquina de matar responsável pelo declínio da população caribu.

Em 1957, ele escreveu “The Dog Who Wouldn’t Be”, que a crítica apontou como um dos melhores romances juvenis de todos os tempos.

No entanto, alguns críticos o condenavam por, às vezes, alterar os fatos para transmitir sua mensagem ambientalista.

Afetado pelas atrocidades que viu na Segunda Guerra Mundial – ele participou do desembarque aliado na Sicília, Itália -, Mowat não hesitou em preferir a companhia dos animais à dos homens.

Farley Mowat faleceu em 6 de maio de 2014, em Port Hope, Ontario, cerca de 100 quilômetros ao leste de Toronto, onde vivia há muitos anos. Ele tinha 92 anos.

Stephen Harper, primeiro-ministro canadense, disse em comunicado que Mowat era um “contador nato, que tinha o dom de contar anedotas pessoais com vivacidade e de forma sensível”.

“Obviamente ele era um canadense apaixonado, que moldou grande parte da minha geração que cresceu com seus livros, e fará muita falta”, disse Justin Trudeau, de 42 anos, líder do oposicionista Partido Liberal. O pai de Trudeau, o ex-primeiro-ministro Pierre Trudeau, era amigo do escritor.

(Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/2014-05-08 – CULTURA – Por iG São Paulo – 

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2014/05/07 – NOTÍCIAS – Toronto (Canadá), 7 mai  – EFE)

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade – fbe2067cbe4d5410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD- Notícias – Ciência – Sustentabilidade – 7 de maio de 2014)

(Fonte: http://br.reuters.com – NOTÍCIAS/ Por David Ljunggren – OTTAWA (Reuters) – 7 de maio de 2014)

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