Éric Rohmer, cineasta francês, um dos principais diretores da Nouvelle Vague

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Éric Rohmer (Tulle, 20 de março de 1920 – Paris, 11 de janeiro de 2010), era um dos principais diretores da Nouvelle Vague, movimento artístico do cinema francês caracterizado por jovens diretores que queriam se opor ao cinema comercial, produzido na época, mesmo sem recursos financeiros. Parte deles, bem como Rohmer, trabalhava na revista especializada Cahiers du Cinema.

Ao lado de nomes como Jean-Luc Godard, François Truffaut e Alain Resnais, entre outros, Rohmer ajudou a romper os padrões narrativos do cinema, apostando em personagens amorais e em montagens pouco previsíveis, que formavam uma visão única dos acontecimentos. Tal jeito de filmar seria copiado – com menos competência – ao longo dos anos, tornando-se o padrão que eles tanto lutaram para combater.

Os filmes do cineasta se caracterizavam pelo forte apelo anticomercial, usando situações reais para expressar seu ponto de vista. Por exemplo podemos citar o fato que seus personagens sempre estavam de férias ou tinham o tempo livre, um modo de protestar contra os males do capitalismo, ainda que fosse discretamente de direita – um dos poucos de sua geração.

Rohmer também abusava da iluminação natural e locações externas, mostrando assim seu olhar sobre a natureza: flores, nuvens, mar e paisagens, em geral, tinham muito espaço em sua filmografia. Como poucos, o cineasta reproduzia uma atmosfera familiar, como se cada filme fosse apresentado ao vivo todas as vezes em que se dava o “play”.

Editor da Cahiers, Rohmer foi o primeiro a tentar a carreira como diretor, em 1950, com Journal d’un scélérat, muito à frente de sua época.
Com a extensa filmografia, ajudou a lançar atores de prestígio como Arielle Dombasle, Pascal Greggory e Fabrice Luchini.

Entre seus filmes, pouco conhecidos no Brasil, apesar da fama da Nouvelle Vague, estão os premiados A Colecionadora (1967), La Marquise d’O (1976), Pauline à Plague (1983) e o recente, Triple Agent (2004).

O cineasta francês Eric Rohmer morreu em 11 de janeiro de 2010, em Paris, aos 89 anos.

Confira a filmografia completa do diretor:

2004 – Agente Triplo (Triple Agent)
2001 – A Inglesa e o Duque (L’Anglaise et le Duc)
1998 – Conto de Outono (Conte d’Automne)
1996 – Conto de Verão (Conte d’Été)
1995 – Vous de Paris
1993 – A Árvore, o Prefeito e a Mediateca (L’Arbre, le Maire et la Médiathèque)
1992 – Conto de Inverno (Conte d’Hiver)
1990 – Conto da Primavera (Conte de Printemps)
1989 – Les jeux de société (TV)
1987 – O Amigo da Minha Amiga (L’Ami de Mon Ami)
1987 – 4 Aventuras de Reinette e Mirabelle (4 Aventures de Reinette et Mirabelle)
1986 – Bois ton café, il va être foid
1986 – O Raio Verde (Le Rayon Vert)
1984 – Noites de Lua Cheia (Les Nuits de la Pleine Lune)
1983 – Tu?
1983 – Pauline na Praia (Pauline à la Plage)
1982 – Um Bom Casamento (La Beau Marriage)
1981 – A Mulher do Aviador (La Femme de l’Aviateur)
1980 – Catherine de Heilbronn (filme para a TV)
1979 – Perceval le Gallois
1976 – A Marquesa d’O (Die Marquise von O…)
1972 – Amor à Tarde (L’amour l’aprés Midi)
1970 – O Joelho de Claire (Le Genou de Claire)
1969 – La béton dans la ville (filme para a TV)
1969 – Victor Hugo architect (filme para a TV)
1969 – Minha Noite Com Ela (Ma Nuit Chez Maud)
1968 – Louis Lumière (filme para a TV)
1968 – Mallarmé (filme para a TV)
1967 – Fermière à montfaçon
1967 – A Colecionadora (La Collectonneuse)
1966 – Une étudiante d’aujourd’hui
1966 – Victor Hugo: Les contemplations (filme para TV)
1965 – Les caractères de La Bruyère (filme para TV)
1965 – Le celluloid et la marbre (filme para TV)
1965 – Cinéma de Notre Temps: Carl Th. Deyer (filme para TV)
1965 – Don Quichotte (filme para TV)
1965 – Entrettein sur Pascal (filme para TV)
1965 – Les histoires extraordinaires d’Edgar Poe (filme para TV)
1965 – Perceval ou le conte du Graal (filme para TV)
1965 – Paris vu par…
1964 – Les métamorphoses du paysage (filme para TV)
1964 – Nadja à Paris
1963 – A Padeira do Bairro (La Boulangère de Monceau)
1963 – A Carreira de Suzanne (La Carrière de Suzanne)
1960 – Présentation ou Charlotte et son steak
1959 – O Signo do Leão (Le Signe du Lion)
1958 – Véronique et son cancre
1956 – La sonate à Kreutzer
1954 – Bérénice
1950 – Journal d’un scélérat

(Fonte: diversão.terra.com.br/gente – GENTE / Notícia / Diversão – 11 de janeiro de 2010)

Com informações da AFP

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