Elvira Vigna, autora, ilustradora, jornalista e artista plástica, acumula uma porção de prêmios de literatura, em especial o de Ficção da Academia Brasileira de Letras

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Ela escreveu, entre outros, “Como Se Estivéssemos em Palimpsesto de Putas”, seu último romance, e “O Que Deu Para Fazer em Matéria de História de Amor”

 

Elvira Vigna, em 2010: ela escreveu romances, contos e obras infantojuvenis Foto: Keiny Andrade

Elvira Vigna, em 2010: ela escreveu romances, contos e obras infanto juvenis (Foto: Keiny Andrade)

 

Elvira Vigna (Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1947 – São Paulo, 10 de julho de 2017), escritora, jornalista, autora, ilustradora e artista plástica

Elvira Vigna acumula uma porção de prêmios de literatura, em especial o de Ficção da Academia Brasileira de Letras. Escrevendo desde os anos 1980, ela surpreendeu por criar uma trilha única em seus escritos, falando sobre diversos temas tabus como adultério, prostituição e assassinato. Em “Por Escrito”, Elvira apresenta histórias incríveis com personagens profundos e que questionam os papeis em que a sociedade geralmente enxerga as mulheres.

A escritora e desenhista Elvira nasceu no dia 29 de setembro de 1947, no Rio de Janeiro. Destacou-se primeiro com livros infantis, como “Lã de umbigo”, que ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura Infantil em 1980.

Como romancista, venceu o prêmio de melhor livro de ‘ficção’ de 2010 da Academia Brasileira de Letras por “Nada a dizer”. Também publicou obras importantes como “O que deu para fazer em matéria de história de amor” (2012), finalista do Prêmio São Paulo; “Por escrito”, segundo lugar do Prêmio Oceanos; e “Como se estivéssemos em palimpsesto de putas” (2016), seu último livro, vencedor do prêmio APCA de Melhor Romance.

Sua vasta produção literária inclui as obras “Como Se Estivéssemos em Palimpsesto de Putas” (2016), “Por Escrito (2014), “O Que Deu Para Fazer em Matéria de História de Amor” (2012) e “Nada a Dizer” (2010) . Sua estreia no romance foi em 1988, com “Sete Anos e Um Dia” (José Olympio), mas ela é autora, ainda, de várias obras infanto juvenis e de contos.

Nos últimos anos, recebeu prestigiosos prêmios. “Como Se Estivéssemos em Palimpsesto de Putas” foi o melhor romance de 2016, segundo a Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). “Por Escrito” ficou em segundo lugar no Prêmio Oceanos. Nada a Dizer ganhou o prêmio da Academia Brasileira de Letras como a melhor ficção. “Coisas que os Homens não Entendem” venceu o Prêmio Cidade de Belo Horizonte de melhor romance, em 2002.

 

Elvira Vigna, escritora – (Foto: Renato Parada / Divulgação)

 

Além de sua carreira literária, Elvira era jornalista, tendo trabalhado em jornais como O Globo, Jornal do Brasil, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo. Ela também atuou no ramo editorial, tendo tocado a editora Bonde durante cinco anos e, em 2016, abriu outra editora, A Uva Limão, especializada em textos acadêmicos. Desde 1988, Elvira também tinha uma empresa de traduções, a Earte.

Elvira tinha uma profunda relação com as artes, em que dedicou-se durante um longo período de sua vida. Ela estudou na Parsons School of Design, em Nova York, e no Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro, hoje a Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

Elvira Vigna morreu em 10 de julho de 2017, aos 69 anos, em São Paulo.

Ela lutava contra um carcinoma micropapilar invasivo, diagnosticado em 2012, e não quis que sua doença viesse a público por saber, explica a nota, que se isso acontecesse ela seria excluída de atividades profissionais que dependessem de convite.

Desde que descobriu a doença, a escritora publicou sete livros, sendo quatro no Brasil, um na Itália, um em Portugal e um na Suécia. E deixou três obras a serem lançadas.

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura – LITERATURA – CULTURA/ Redação, O Estado de S. Paulo – 10 Julho 2017)

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura – CULTURA / POR O GLOBO – 10/07/2017)

(Fonte: Zero Hora – Ano 54 – N° 18.826 – 11 julho 2017 – TRIBUTO – Pág: 33)

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