Ellis Marsalis Jr., pianista e professor, era considerado um dos pais do jazz no final do século 20

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Ellis Marsalis Jr., pianista e um dos pais do jazz, o patriarca de uma família musical

 

Pianista também atuava como educador na cidade de Nova Orleans e lançou carreira de sucesso dos filhos

 

Ellis Louis Marsalis Jr. (Nova Orleans, 14 de novembro de 1934 – Nova Orleans, 1° de abril de 2020), pianista e professor, era considerado um dos pais do jazz no final do século 20.

 

Ellis foi um pianista e educador que se tornou a força que orientou e estava por trás do renascimento do jazz no final do século 20 e que ajudou a moldar as carreiras musicais de quatro filhos.

 

O mais velho dos Marsalis passou décadas como músico e educador em sua cidade natal, Nova Orleans – orientando seus próprios filhos e muitos outros jovens músicos – antes de seus filhos Wynton e Branford tornarem-se famosos no início dos anos 80.

Pouco tempo depois, foi a vez de Ellis Marsalis encontrar o caminho para a fama e se tornar um nome familiar no meio musical. Em Nova Orleans, sua devoção ao bebop e suas ramificações o marcaram como um intruso e o posicionaram na extremidade progressiva do espectro estilístico em uma cidade onde a maioria dos músicos se apegou a um estilo mais tradicional enraizado no início do século 20. No cenário nacional, a ascensão de sua família no jazz transformou Marsalis e seus extravagantemente e talentosos filhos em guias de um novo movimento do jazz.

 

Em 1979, quando Marsalis tocava regularmente no Carnegie Tavern, na West 56th Street e na Seventh Avenue em Manhattan, o New York Times observou que ele evitava os estilos tradicionais de Nova Orleans de muitos de seus colegas e o descreveu como “um eclético artista com um toque leve e gracioso, mas com uma mente mais exploratória.”

 

Ellis L. Marsalis Jr. nasceu em Nova Orleans em 14 de novembro de 1934.

 

Seu pai, Ellis L. Marsalis, que morreu em 2004, estava envolvido no movimento dos direitos civis como proprietário do Marsalis Motel no subúrbio de Nova Orleans. Entre os convidados para reuniões estavam o reverendo Martin Luther King Jr., o deputado republicano Adam Clayton Powell Jr., o futuro juiz da Suprema Corte Thurgood Marshall e o músico Ray Charles.

 

Marsalis Jr. aprendeu a tocar clarinete e saxofone tenor antes dos 10 anos, mas mudou para o piano aos 20 anos, depois de perceber que nunca combinaria com os grandes saxofonistas da época, segundo o site de Wynton Marsalis. Ele deu seu clarinete a Branford e seu trompete a Wynton e tocou When the Saints Go Marching In, com eles quando tinham 6 e 7 anos.

 

Wynton Marsalis, trompetista e compositor, tornou-se gerente e diretor artístico de jazz no Lincoln Center e ganhou o Prêmio Pulitzer de Música em 1997. Branford Marsalis tornou-se um saxofonista e líder de banda conhecido mundialmente, Delfeayo Marsalis, um trombonista e Jason Marsalis, um baterista.

 

Ellis Marsalis se formou em Educação Musical na Universidade Dillard em 1955 e tocou jazz até se alistar no Corpo de Fuzileiros Navais no ano seguinte, de acordo com a National Endowment for the Arts (NEA). Ele fez parte do Corps Four, um quarteto de jazz dos fuzileiros navais que se apresentou na televisão e no rádio para apoiar os esforços de recrutamento, segundo a NEA.

 

Na década de 1970, ele tornou-se mestre em Educação Musical pela Universidade Loyola, de acordo com a NEA, e passou a lecionar na Universidade Virginia Commonwealth e na Universidade de Nova Orleans, onde liderou o departamento de jazz por 12 anos.

 

Em 2008, Marsalis passou a integrar o hall da fama da música de Louisiana. Em 2011, a NEA concedeu à sua família o prêmio de “mestres do jazz” em reconhecimento às muitas contribuições para a música e cultura americana.

 

A esposa de Marsalis, Dolores, morreu em 2017. Ele deixa seus filhos, Branford, Wynton, Ellis III, Delfeayo, MBoya e Jason, sua irmã Yvette e 13 netos.

 

Ellis faleceu em um hospital em Nova Orleans. Ele tinha 85 anos e morreu por complicações do coronavírus, disse seu filho Branford.

“Ellis Marsalis era uma lenda”, escreveu a prefeita de Nova Orleans, LaToya Cantrell, no Twitter na noite de quarta-feira. “Ele foi o protótipo do que queremos dizer quando falamos sobre o jazz de Nova Orleans”.

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2020/04/02 – POP & ARTE / MÚSICA / NOTÍCIA / Por G1 – 02/04/2020)

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/musica – DIVERSÃO / MÚSICA / Por Michael Levenson e Julia Carmel – (TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA) – 2 ABR 2020)

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