Ellis D’ Arrigo Busnello, médico psiquiatra e psicanalista

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Ellis D’ Arrigo Busnello, 75 anos, médico psiquiatra e psicanalista gaúcho formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi pioneiro na criação de postos de saúde próximos à comunidade. A iniciativa serviu de modelo para o Ministério da Saúde da Família.
Foi agraciado pela contribuição à saúde do país no 9° Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, que ocorreu nos dias 1° e 4 de maio, em Fortaleza (Ceará), juntamente com outro médico gaúcho, Carlos Grossman, 80 anos, médico clínico-geral.
Como forma de homenageá-los os prêmios entregues pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) aos melhores trabalhos científicos na área levarão seus nomes. Além dos gaúchos, também foram premiados os médicos Ricardo Rodrigues, do Rio de Janeiro, Dante Romano (falecido), do Paraná, Bárbara Starfield, dos Estados Unidos, e o dinamarquês Halfdan Mahler, diretor-geral da Organização Mundial as Sáude (OMS).
Em 1975, Ellis Busnello, então chefe da unidade de saúde Murialdo, na Capital, convocou o clínico-geral Carlos Grossman e uma equipe de médicos para implantar aquela que seria a primeira unidade de medicina de família do Estado e uma das pioneiras do país.
Bem-sucedida, foi decisiva para reconhecer a área como especialidade médica – como já ocorria na Grã-Bretanha, na França, na Alemanha e nos Estados Unidos – e dar início à implantação de outros serviços no Brasil.
Em 1980, Grossman levou a experiência do Murialdo para o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), onde estruturou o Serviço de Saúde Comunitária, ao qual estão ligados vários postos de saúde que atendem, hoje cerca de milhares de pacientes. Logo, o trabalho dos médicos gaúchos repercutiu no Exterior. A OMS passou a reconhecer o Murialdo e o GHC como fonte de pesquisas na área.
Aposentados como professores na UFRGS, os dois se mantêm na ativa. Busnello dedica-se à pesquisa em cuidados básicos em saúde mental e Grossman auxilia na formação de novos médicos de família e comunidade no GHC.

(Fonte: Zero Hora – Ano 44 – N° 15.578 – Quinta-feira, 24 de abril de 2008 – GERAL – Medicina – Pág; 47)

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