Elizabeth Wurtzel, autora que popularizou debate sobre depressão ao publicar o aclamado best-seller “Nação Prozac”, se tornou uma voz e um alvo para uma geração de ansiosos

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Elizabeth Wurtzel, autora do livro ‘Nação Prozac’

 

Elizabeth Wurtzel em 2007. Seu provocador livro de memórias, “Prozac Nation”, abriu um diálogo sobre a depressão. (Foto: Suzanne DeChillo / The New York Times)

Escritora foi diagnosticada com câncer de mama e escreveu sobre a experiência para o ‘The New York Times’. Obra foi adaptada para o cinema com Christina Ricci como protagonista.

 

 

Elizabeth Lee Wurtzel (Nova York, 31 de julho de 1967 – Manhattan, Nova York, 7 de janeiro de 2020), autora que popularizou debate sobre depressão, cujas confissões dolorosas e sem rodeios sobre sua luta contra o vício e a depressão, que ao publicar aos 27 anos, o aclamado best-seller “Nação Prozac” a tornaram uma voz e um alvo para uma geração de ansiosos.

 

Em 2015, Wurtzel foi diagnosticada com um câncer de mama e escreveu sobre a experiência para o “The New York Times”.

Durante o processo, se submeteu a uma mastectomia dupla, mas faleceu em decorrência de uma metástase, como informou o seu marido, Jim Freed, ao Washington Post.

Publicada em 1994, a famosa obra-prima de Wurtzel gerou na época uma discussão nos Estados Unidos sobre a depressão e o medicamento Prozac, que havia sido prescrito para a escritora no tratamento.

Sincero e desinibido, o seu relato sobre os seus dias de estudante em Harvard, o uso de drogas, suas aventuras sexuais e questões de saúde mental que a acompanham desde a infância também mudaram a forma de se escrever memórias. A obra tornou Wurtzel uma celebridade.

Por considerar a autora narcisista e obcecada por si mesma, alguns críticos foram implacáveis com o livro. “É uma Sylvia Plath com o ego da Madonna”, escreveu o crítico Ken Tucker, do “The New York Times Book Review”, em setembro de 1994. No entanto, outros enxergaram na obra algo além.

 “Às vezes angustiante, outras vezes cômico,’Nação Prozac’ tem a franqueza dos textos de Joan Didion, o exibicionismo emocional irritante de Sylvia Plath em ‘A Redoma de Vidro’ e o humor sombrio de uma música de Bob Dylan”, escreveu Michiko Kakutani, a famosa ex-escritora literária do “New York Times”.

Em 2001, a obra-prima de Wurtzel foi adaptada ao cinema, com a atriz Christina Ricci como protagonista. Após “Nação Prozac”, a autora continuou escrevendo livros e artigos para revistas.

 

Prozac Nation foi publicado em 1994 quando Wurtzel estava na metade dos seus 20 anos, e gerou um debate que durou a maior parte de sua vida. Críticos a elogiaram por seu candor e a acusaram de autoindulgência e pena de si mesma, maus hábitos que ela reconhecia plenamente.

 

Elizabeth Wurtzel faleceu em Nova York em 7 de janeiro de 2020, aos 52 anos. Ela lutava contra um câncer.

(Fonte: Zero Hora – ANO 56 – N° 19.601 – 8 de janeiro de 2020 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 27)

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2020/01/08 – POP & ARTE / NOTÍCIA / Por France Presse – 08/01/2020)

(Fonte: https://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura – NOTÍCIAS / LITERATURA / CULTURA / Redação AP, 8 janeiro 2020)

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