Edward Downes, foi um dos mais renomados maestros britânicos, foi maestro da Royal Opera House, uma das mais importantes do mundo

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Maestro britânico

 

Sir Edward Downes, conduziu a primeira apresentação da Sydney Opera House

 

Edward Thomas Downes (Birmingham, Reino Unido, 17 de junho de 1924 – Zurique, Suíça, 10 de julho de 2009), maestro inglês especializado em ópera, foi um dos maestros mais respeitados do Reino Unido.

 

Downes, um dos mais renomados maestros britânicos, que por 50 anos foi maestro da Royal Opera House, uma das mais importantes do mundo, nasceu em Birmingham, na Inglaterra.

 

Downes teve uma longa carreira de sucesso. Ele conduziu a primeira performance no Sydney Opera House e também trabalhou com a filarmônica BBBc e na Royal Opera House em Londres.

 

Sir Edward Downes, foi condecorado em 1991 como cavaleiro do Império Britânico, nasceu em Birmingham e iniciou-se na música ainda criança, estudando violino.

 

No início dos anos 50, começou a trabalhar na Royal Opera House de Covent Garden, em Londres: sua primeira função foi a de pianista ensaiador da soprano Maria Callas em uma produção de Norma, de Bellini. No ano seguinte, faria ali sua estreia como regente, comandando récitas de “Rigoletto”, de Verdi. De lá até 2005, quando se aposentou dos palcos, regeu todos os anos no teatro, somando um total de 950 récitas de 49 óperas. Ao mesmo tempo, trabalhava com a Filarmônica da BBC, da qual foi diretor, e, na Austrália, foi o primeiro diretor da Ópera de Sidney, marco arquitetônico da cidade.

 

O maestro deixou enorme legado de gravações. Um de seus últimos trabalhos foi um “Rigoletto”, de Verdi, gravado no Covent Garden e lançado em 2002 em DVD, com Marcelo Alvarez e Paolo Gavanelli no elenco. Ao longo de quase 50 anos de carreira, gravou com Luciano Pavarotti, Placido Domingo, Mirella Freni, Nicolai Gedda. No campo sinfônico, deixou discos primorosos dedicados a autores como Respighi, Prokofiev e Beethoven, quase sempre à frente da Filarmônica da BBC. No repertório germânico, o destaque é sua “Salomé”, de Strauss, gravada em 1992 no Covent Garden com a soprano Maria Ewing no papel principal.

 

Edward Downes, 85 anos, e sua mulher, Joan, 74, uma coreógrafa e produtora de TV, morreram em 10 de julho de 2009, em uma clínica de suicídio assistido na Suíça, disse a família deles em comunicado na terça-feira (14), segundo o jornal The Guardian.

Os filhos do casal, Caractacus e Boudicca, contaram que eles “morreram pacificamente, e sob circunstâncias que eles mesmos escolheram”.

Confira trechos do comunicado da família:

“Depois de 54 anos juntos e felizes, eles decidiram por acabar com a própria vida a lutar contra sérios problemas de saúde. Nosso pai, que aos 85 anos estava quase cego e cada vez mais surdo, teve uma longa, vigorosa e distinta carreira como maestro. Nossa mãe, que tinha 74 anos, começou a carreira como bailarina e, posteriormente, trabalhou como coreógrafa e produtora de TV, antes de dedicar os últimos anos de sua vida a trabalhar como assistente pessoal do nosso pai. Eles viveram uma vida plena e consideravam-se extremamente sortudos, tanto profissionalmente como pessoalmente”.

 

Suicídio assistido na Suíça atrai estrangeiros

Filhos de maestro britânico serão interrogados no Reino Unido, mas até polícia diz que é só formalidade

 

“Após 54 anos felizes juntos, eles decidiram acabar com suas próprias vidas, em vez de continuar lutando contra sérios problemas de saúde.” Foi assim que os filhos de Edward Downes, um dos mais renomados maestros britânicos, anunciaram o suicídio dos pais ontem.

O casal morreu após tomar barbitúricos fornecidos pela Dignitas, uma polêmica associação de assistência ao suicídio de Zurique que tem a lei a seu lado, mas divide a população. A Suíça é o único lugar do mundo onde esse ato pode ser cometido por estrangeiros.

A abertura atrai idosos e pacientes terminais de outros países para o que já foi chamado de “turismo da morte”. A maioria é do Reino Unido, como o maestro Downes, 85, e sua mulher, a coreógrafa Joan, 74.

Com a morte do casal, chegam a 116 os britânicos ajudados pela Dignitas a terminar seus dias voluntariamente desde 1998, do total de mais de mil.

Joan tinha câncer no fígado e no pâncreas, e os médicos haviam lhe dado poucas semanas de vida. Downes, que por 50 anos foi maestro da Royal Opera House, uma das mais importantes do mundo, se rendeu à debilidade causada pela idade.

Os filhos, que acompanharam os pais em Zurique, contaram que eles morreram de mãos dadas, dez minutos após tomarem o barbitúrico.

Os dois filhos serão interrogados quando voltarem ao Reino Unido, mas a própria polícia britânica admite que é mera formalidade. A lei britânica pune com até 14 anos de prisão o suicídio assistido, mas até hoje ninguém foi processado por ajudar a cometer o ato na Suíça.

Criticados por todos os lados em seu país, os serviços da Dignitas também provocam enorme polêmica no Reino Unido, onde a morte voluntária tem cada vez mais interessados.

A controvérsia atingiu o auge em dezembro do ano passado, quando a TV britânica exibiu um documentário intitulado “O turista suicida”, mostrando as últimas horas do professor universitário americano Craig Ewert, 59, portador de uma grave doença neurológica, que se matou há dois anos na Suíça.

Há cerca de um mês, o jornal londrino “The Guardian” acrescentou pólvora ao debate, com uma reportagem mostrando que muitos pacientes britânicos que puseram fim à própria vida com a ajuda da Dignitas sofriam de doenças que não necessariamente levariam à morte, como tetraplégicos.

Protegida por uma lei de 1941, a Dignitas tem como único critério para ajudar alguém a se suicidar que a pessoa “sofra de uma doença que inevitavelmente leve à morte, ou deficiência inaceitável, e queira finalizar a vida e o sofrimento”.

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/gente – DIVERSÃO / GENTE – 14 jul 2009)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo – Folha S. Paulo / MUNDO / por MARCELO NINIO DE GENEBRA – São Paulo, 15 de julho de 2009)

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(Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/mundo – Gazeta do Povo / MUNDO / Por Agência Estado – 14/07/2009)

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