Édouard Michelin, presidente do grupo Michelin, número um mundial dos pneus

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François e Édouard Michelin

François e Édouard Michelin

Edouard Michelin (Clermont-Ferrand, 13 de agosto de 1963 – na costa da Ilha de Sein, França, 26 de maio de 2006), presidente do grupo Michelin, número um mundial dos pneus

Descendente da saga familiar fundadora da empresa, Edouard Michelin chegou à presidência da firma nos anos 90.

Gerente adjunto do grupo desde 1991, Edouard Michelin havia assumido em junho de 1999 o lugar de seu pai François na presidência da empresa, onde havia entrado em 1985, aos 22 anos.

Casado e pai de seis crianças, Edouard Michelin gostava de teologia, de cantos gregorianos e caminhada em montanha.

Michelin, número um mundial do setor de pneus, com cerca de 20% do mercado, está em mais de 170 países com seus produtos desenvolvidos nos centros de tecnologia da França, Estados Unidos e Japão. Em 2004, o fabricante produziu 194 milhões de pneus em 75 lugares espalhados em 19 países.

Edouard Michelin morreu afogado em 26 de maio de 2006 na costa da Ilha de Sein, no oeste da França, em um misterioso naufrágio quando pescava.

Michelin tinha saído cedo para pescar com o presidente do comitê de pescas de Audierne, Guillaume Normant, quando o barco de M. Normant, de 8,5 metros, naufragou em circunstâncias ainda não esclarecidas.

O corpo de Michelin, 43 anos, foi resgatado boiando no meio de cestas de pesca a 10 km ao norte de Sein, mas Normant continua desaparecido. As buscas foram até à noite e serão retomadas amanhã pela manhã.

“Ninguém viu nada, ninguém entendeu nada. O mar estava bom, mas havia um nevoeiro espesso que apareceu por volta do meio-dia”, disse à AFP o comandante Jean-Marie Figue, porta-voz da prefeitura marítima do Atlântico.

O local onde o barco estava é um dos mais perigosos do litoral bretão, mas também um dos melhores para a pesca do barbo, que é feita com embarcações pequenas.

“É uma zona de risco onde somente profissionais podem pescar. Há rochedos, correntes…”, destacou o comandante Figue.

O presidente Jacques Chirac expressou na noite desta sexta-feira sua “grande tristeza” após o desaparecimento brutal de Michelin, enquanto o ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, lamentou “a perda de uma das figuras em ascensão da economia francesa”.

A alerta foi dado às 13H00 GMT (10H00 Brasília), quando profissionais do porto de Audierne deram falta no Liberdade, o barco de Normant, que deveria ter voltado às 12H00 GMT (09H00).

Uma lancha patrulha da Marinha nacional, vários barcos de pesca e um helicóptero da Defesa Civil participaram das buscas.

A morte de Edouard Michelin é uma “dor para sua família e também para os 130.000 assalariados da Michelin no mundo”, afirmou na noite desta sexta-feira a empresa, que tem sede em Clermont-Ferrand, no centro da França.

“Segundo o estatuto da Michelin, Michel Rollier, gerente adjunto do grupo, garantirá a continuidade da direção”, destacou a companhia.

Muito emocionado, o diretor de competição da Michelin, Frédéric Henry-Biabaud, indicou que a empresa participará no domingo do Grande Prêmio de Fórmula 1 de Mônaco, apesar de sua “imensa tristeza”. “Espero que consigamos ganhar”.

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2006/05/26/ult34u155221 – INTERNACIONAL/ Por Cécile Azzaro – BREST (França), 26 maio (AFP) – 26/05/2006)

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