Edmondo Biganti, caricaturou Adhemar de Barros e Jânio Quadros, personagens polêmicos de uma época que permitia maior liberdade para o chargista

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Edmondo Biganti (Todi, Itália, 1918 – São Paulo, 30 de setembro de 2000), artista plástico e chargista italiano do jornal O Estado de S. Paulo, desde 1956.

 

Biganti chegou ao Brasil em 1954 e dois anos depois foi contratado para ilustrar as notícias publicadas no jornal O Estado de S. Paulo, onde trabalhou durante 28 anos, e foi responsável por desenhos que satirizavam, enalteciam ou apenas ilustravam fatos publicados pelo Estado de São Paulo.

 

Biganti nasceu em 1918, em Todi na Itália, e chegou ao Brasil em 1954. Na Europa, já havia vencido diversos concursos com suas ilustrações e em 1956 foi o escolhido para ser chargista do Estado. O artista também se destacou pintando aquarelas com motivos brasileiros, como as favelas do Rio e as igrejas barrocas de Ouro Preto.

 

Em São Paulo, seu trabalho acompanhou notícias que marcaram época, como a chegada do homem à Lua, o escândalo de Watergate e tragédias como a dos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.

 

“Os primeiros anos foram bastante significativos, pois me deram a oportunidade de caricaturar Adhemar de Barros e Jânio Quadros, personagens polêmicos de uma época que permitia maior liberdade para o chargista”, disse Biganti, ao se aposentar em 1984.

 

Naquele ano, resolveu voltar para a Itália, mas fazia questão de afirmar que não esqueceria o País. “O Brasil já faz parte de mim.” Biganti viu a aposentadoria como uma oportunidade de se dedicar apenas à pintura.

 

O jornalista Frederico Branco, que morreu há apenas 22 dias e trabalhou durante anos com o chargista, escreveu, na época, que Biganti deixaria “não apenas a lembrança do excelente profissional que sempre foi como centenas de fragmentos da própria história, que tão bem soube interpretar e transferir para o papel.”

 

Suas charges acompanhavam acontecimentos como a chegada do homem à lua e o escândalo de Watergate. Biganti também se destacou pintando aquarelas de paisagens cariocas.

 

Biganti acabou voltando para São Paulo, onde morreu, aos 82 anos, vítima de enfarte em 30 de setembro de 2000, em São Paulo. Ele sofria de insuficiência respiratória.

(Fonte:http://www.terra.com.br/istoegente/62/tributo/ TRIBUTO/ por Luciana Franca – 30 de setembro de 2000)

(Fonte: http://www.italiaoggi.com.br – Folha de São Paulo – 02/10/2000)

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