Edmond de Rothschild, barão francês, o mais rico e recluso dos Rothschild.

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Ovelha negra

Edmond e o brasão: 1 bilhão

Edmond de Rothschild, barão francês, o mais rico e recluso dos Rothschild.

Uma das mais renomadas dinastias europeias, os Rothschild, perdeu sua ovelha negra. Integrante da quinta geração da família, o barão francês Edmond de Rothschild morreu de enfisema pulmonar aos 71 anos. Fisicamente, ele nem parecia ser da família. Em vez dos cabelos escorridos, os dele eram crespos e, no lugar do rosto escanhoado, cultivava bastos bigodes. No comportamento, também destoava porque não se misturava com os parentes.

E, embora vivesse em um magnífico castelo do século XVIII, em Genebra, não tinha o ar esnobe da família de banqueiros que, por mais de 200 anos, marcou a história econômica e política da Europa. Os Rothschild financiaram a campanha contra Napoleão em Waterloo, investiram na construção do Canal de Suez e ajudaram a explorar as minas de diamante da África do Sul. O poder era tamanho que um dos bancos da família gerou até um presidente, o francês Georges Pompidou.

A família nasceu num gueto judeu, em Frankfurt, em 1772, quando o comerciante Mayer Amschel abriu uma casa de câmbio com o nome M. A. Rothschild, fruto da fusão de rot (vermelho, em alemão) com schild (escudo). Logo o negócio se transformaria num banco, que se estenderia também para França, Inglaterra e Suíça. A família adotou o sobrenome e criou um brasão vermelho com cinco flechas, uma para cada filho do patriarca. Com o tempo, conquistaram poder e títulos de nobreza em vários países da Europa.

No fim do século passado, possuíam sessenta castelos e eram tão ricos que Guilherme da Prússia, deslumbrado com o palácio de Ferrières, no interior da França, observou: “Reis não poderiam sustentar esse lugar. Deve ser dos Rothschild”. A família se permitia a tanto luxo que Walter Rothschild, zoólogo amador, circulava por Londres em uma carruagem puxada por zebras. Entre as várias vinícolas que fundaram estão as que produzem os vinhos Château Mouton e Château Lafite, dois dos melhores do mundo.

Depois de uma série de golpes, os Rothschild permanecem muito ricos, mas não têm o poder político do passado. Durante a ocupação nazista na França, o governo de Vichy confiscou o que pôde da família. O ramo inglês, muito conservador nos negócios, foi sendo ultrapassado por vários outros bancos desde os anos 70. Quando o presidente François Mitterrand estatizou o sistema financeiro francês na década passada, os Rothschild perderam um banco, recebendo 110 milhões de dólares. Recomprado anos depois, o negócio nunca mais seria o mesmo.

A família também passou por inúmeras tragédias. Oscar, do ramo austríaco, suicidou-se quando o pai o proibiu de se casar com uma plebéia. Amschel, do braço inglês da família, enforcou-se no ano passado num hotel, em circunstâncias mal explicadas. Ao longo da vida, Edmond, que era o mais rico Rothschild, com 1 bilhão de dólares de patrimônio, envolveu-se num único escândalo.

Casou-se com uma atriz sem talento que chegou a atuar como dublê de corpo em alguns filmes de nudez. Depois do casamento, a moça, chamada Nadine, passou a escrever livros de auto-ajuda e virou dondoca. Festeira, um de seus rega-bofes durou 100 horas.
(Fonte: Veja, 12 de novembro de 1997 – ANO 30 – Nº 45 – Edição n° 1521 – Memória/ Por Daniel Nunes Gonçalves – Pág; 127)

No final do século 19, o Barão Edmond de Rothschild, proprietário da célebre vinícola Chateau Lafite, na região francesa de Bordeaux, tomou a iniciativa de retomar a produção do vinho israelense, acreditando nas características promissoras da região.As zonas ideais para o cultivo de uvas situam-se em duas faixas entre 30 e 50 graus de latitude, ao Norte e ao Sul do Equador. Israel situa-se nesta faixa ideal do hemisfério Norte, com uma grande diversidade de micro-climas. Até a década de 70 produzia-se, no país, principalmente o vinho doce sacramental. A partir de 1972, após a vinda de especialistas da Califórnia para Israel, teve início o aperfeiçoamento da vinicultura de alta qualidade no país.

Hoje Israel insere-se no mapa dos melhores produtores de vinho do mundo, somando já vários prêmios em competições internacionais. Israel produz aproximadamente 40 milhões de garrafas de vinho por ano com um crescimento anual de 5 a 10%. Surgiram, ao longo dessas décadas, “vinícolas-boutique” com pequenas produções, cujos vinhos têm encantado os críticos europeus e americanos, por seu caráter mediterrâneo e seu toque israelense especial.
(Fonte: www.cambici.com.br)

Rothschild

Eles são arquimilionários, elegantes e discretos. A simples menção de seu sobrenome basta para abrir portas e sorrisos. Nos hipódromos europeus sempre há o charme das cores da família – o azul e o amarelo – e dos vinhos, então, nem se fala: o Château-Lafite, está entre os melhores do mundo.

Ser um Rothschild é um pouco disso tudo – elegância e discrição são fundamentais, mesmo nos negócios do ramo inglês da família.
(Fonte: Veja, 24 de setembro de 1980 – Edição n° 629 – INGLATERRA – Pág; 44)

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