Doris Lessing, escritora britânica, ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura em 2007

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Doris: visão ampla e generosa

Doris Lessing (Kermanshah, na Pérsia (atual Irã), 22 de outubro de 1919 – Londres, 17 de novembro de 2013), escritora britânica que usa a ficção científica, beneficiando o gênero como se beneficia uma matéria-prima, foi ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura em 2007.

Filha de pais britânicos, nasceu em outubro de 1919, em Kermanshah, na Pérsia (atual Irã), e, com 5 anos, transferiu-se para a Rodésia, hoje Zimbábue, onde viveu até 1949.

Em 1925, mudou-se com a família para uma fazenda na Rodésia do Sul (hoje Zimbábue). Lá viveu até 1949, quando foi para Londres, levando o manuscrito de seu primeiro romance, The grass is singing, que obteve expressivo sucesso internacional quando lançado.

A partir desse ano, fez-se definitivamente londrina e tornou-se uma das mais importantes escritoras de sua língua. Em alguns contos, a escritora elabora um clima excessivamente rarefeito e impressionista.

A informação biográfica de A Tentação de Jack Orkney, segundo volume de sua coletânea de contos (Collected Stories), ela explica a rara e sutil simbiose do mais fino know-how literário europeu com uma visão ampla e generosa das coisas.

Doris Lessing, sobretudo nesses contos escritos entre 1958 e 1972, combina a “fatura” extremamente inglesa com o olhar de quem está a cavaleiro entre duas culturas. Os dezessete contos do livro falam basicamente dos valores e das hesitações da pequena e média burguesia inglesa: solteironas, intelectuais, gente de teatro e profissionais liberais que se debatem em suas emoções.

No pano de fundo, os grandes problemas ideológicos, religiosos, políticos e sexuais da época espremida entre a II Guerra Mundial e a tragédia de Bangladesh, entre a tradicional austeridade britânica e a descolonização. No cotidiano de seus personagens, temos o melhor da coletânea. Histórico de uma Jovem Ambiciosa, Nossa Amiga Judith e Uma História nada Bonita são implacáveis em sua meticulosa elegância.

Autora de uma obra extensa, que inclui ensaios, contos, romances e textos memorialísticos, Doris Lessing ganhou diversos prêmios, entre eles o Somerset Maugham (1954), o W. H. Smith Award (1986), o Mondello (1987), o Prêmio Internacional da Catalunha (1999), o Príncipe de Astúrias (2001) e o Prêmio Nobel de Literatura (2007).

(Fonte: Veja, 21 de julho de 1982 – Edição 724 – LIVROS/ Por CLÁUDIO BOJUNGA – Pág: 130)

(Fonte: Super Interessante -– ANO 11 – Nº 8 – Agosto de 1997 – Dito & Feito – Pág; 98)
(Fonte: http://www.companhiadasletras.com.br/autor)

Prêmio Nobel de Literatura, Doris Lessing foi espionada por 20 anos

O serviço secreto do Reino Unido investigou durante 20 anos a escritora britânica Doris Lessing, Prêmio Nobel de Literatura de 2007, por seu “anticolonialismo” e sua “afinidade comunista”.

O MI5, serviço de contraespionagem que atua no território do Reino Unido, com a ajuda da Polícia Metropolitana de Londres, gravou conversas telefônicas, vistoriou correspondências e vigiou Lessing entre o início da década de 1940 até aproximadamente 1962.

A escritora e seus amigos foram investigados por sua “forte oposição ao colonialismo” desde 1940, quando se casou na Rodésia do Sul (hoje Zimbabue) com Gottfried Lessing (1914-1979), ativista comunista e líder do Left Book Club, espécie de clube do livro dedicado à literatura esquerdista.

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura – 1748623 – CULTURA – LITERATURA – REDAÇÃO EFE – 21 Agosto 2015)

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