Dorinha Duval, a 1ª Cuca do ‘Sítio do Picapau Amarelo’

Dorinha Duval, primeira Cuca do “Sítio do Picapau Amarelo”. © Divulgação/Globo
Dorinha Duval (nasceu em 21 de janeiro 1929, em São Paulo – faleceu em 21 de maio de 2025), atriz foi uma das figuras mais marcantes da televisão brasileira nos anos 1970.
Ela ficou eternizada como a primeira intérprete da Cuca, na versão original do Sítio do Picapau Amarelo exibida pela TV Globo em 1977, e como a inesquecível Dulcinéia, uma das irmãs Cajazeiras de O Bem Amado (1973).
Da ribalta ao silêncio
Nascida Dorah Teixeira, Dorinha Duval, nasceu em 21 de janeiro de 1929, em São Paulo, começou a carreira como vedete, cantora e apresentadora. Antes dos trabalhos nas telinhas, ela foi uma artista plástica e começou a carreira na TV em canais TV Tupi, TV Excelsior e TV Rio entre as décadas de 50 e 60. Em 1969, migrou para as novelas da TV Globo. Ganhou destaque nas primeiras telenovelas da Globo, com atuações marcantes em sucessos como Irmãos Coragem (1970), Minha Doce Namorada (1971), Selva de Pedra (1972) e O Bem Amado.
Com talento e presença cênica, ela se destacou no auge da era da TV em preto e branco — e depois na transição para o vídeo colorido. Em 1977, deu vida a uma das personagens mais lembradas do imaginário infantil brasileiro: a temida Cuca, vilã das histórias criadas por Monteiro Lobato.
Afastamento da mídia
Apesar do reconhecimento, Dorinha teve sua trajetória interrompida de forma abrupta em 1980, quando foi presa após matar a tiros o então marido, o diretor Paulo Sérgio Garcia de Alcântara, durante uma discussão. O episódio teve ampla repercussão à época e marcou o fim da sua carreira artística. Desde então, nunca mais apareceu publicamente com regularidade.
Dorinha Duval teve sua carreira interrompida em 1980. Naquele ano, ela foi condenada por matar o marido, na época o publicitário Paulo Sérgio Garcia de Alcântara, com três tiros após uma discussão. A atriz chegou a ser condenada a seis anos de prisão no segundo julgamento, que ocorreu em 1989. Ela cumpriu a pena em regime semiaberto e aberto. Dorinha também foi casada com o diretor Daniel Filho, de 1961 a 1972, com quem teve Carla Daniel.
Segundo o portal NaTelinha, sua última participação na TV foi em 2006, em uma breve homenagem às vedetes promovida pelo autor Silvio de Abreu na novela Belíssima.
Reclusão e arte
Nos últimos anos, Dorinha Duval levava uma vida discreta e longe dos holofotes, dedicando-se às artes plásticas. Chegou a relatar em entrevistas antigas o desejo de se manter afastada da fama e do julgamento público.
Carreira de Dorinha Duval na TV
Dorinha foi casada com o diretor e ator Daniel Filho, com quem teve uma filha chamada Carla Daniel, que também seguiu carreira como atriz. A sua última aparição nas telinhas foi em 2006, quando integrou o elenco da novela “Belíssima”.
Inspirado na obra de Monteiro Lobato, “O Sítio do Picapau Amarelo” foi adaptado para as telinhas em 1977, ganhando novas versões posteriormente. A trama se passa em um sítio com personagens participando de grandes aventuras e reviravoltas marcadas por muita magia e imaginação.
Além de Dorinha, outros nomes como Reny de Oliveira, Rosana Garcia, Jacira Sampaio e André Valli também estiveram no elenco do clássico infantil. O primeiro episódio foi ao ar em 7 de março de 1977, e a atração chegou ao fim em 31 de janeiro de 1986.
Dorinha Duval morreu na quarta-feira (21), aos 96 anos.
Dorinha completou 96 anos em janeiro e deixa uma filha, netos e um legado de personagens que marcaram gerações. Seu nome segue gravado na memória da TV brasileira — entre o humor irreverente das Cajazeiras e o medo mágico que sua Cuca provocava em tantas crianças.
O falecimento foi confirmado por sua filha, a também atriz Carla Daniel, por meio das redes sociais.
“É com tristeza, mas alívio, que nos despedimos. Mãe, avó, amiga e que nos trouxe bons momentos de alegria para o público brasileiro. Te amo”, escreveu Carla.
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