Donna Summer, que ganhou o Grammy cinco vezes, despontou na cena disco com hits como Last Dance.

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Rainha da disco, Donna Summer

Conhecida como rainha da era das discotecas, a cantora Donna Summer

Donna Summer, que ganhou o Grammy cinco vezes, despontou na cena disco com hits como “Last Dance”, “Bad Girls” e “Hot Stuff” – que faz parte da trilha sonora da novela “Avenida Brasil”.

Donna, filha de um açougueiro e uma professora, nasceu como LaDonna Andrea Gaines. Cresceu ouvindo músicas de Dinah Washington, Supremes, Dionne Warwick e Janis Joplin.

No ensino médio, se juntou a um grupo chamado Crow. Mais tarde, trabalhou fazendo backing vocal para o grupo Three Dog Night.

Em 1971, como Donna Gaines, lançou seu primeiro single, uma cover de “Sally Go Round the Roses”. Ela se casou em 1972 com o ator austríaco Helmuth Sommer, de quem adotou o sobrenome, modificado para “Summer”, e teve sua primeira filha em 1973. Pouco depois, se divorciou.

Summer também foi casada com o músico Bruce Sudano, com quem teve outras duas filhas.

Ainda no início dos anos 70, cantando como backing vocal, Summer conheceu os produtores Giorgio Moroder e Pete Bellotte, nomes que ajudaram a dar forma à era disco. Em 1974, lançou seu primeiro disco, “Lady of the Night”.

Em 1975, ela levou a Moroder algumas ideias para a canção que viria a se tornar seu primeiro grande hit, “Love to Love You”, lançado na Europa. A música alcançou as pistas dos EUA e do resto do mundo logo depois, como “Love to Love You Baby”, chegando à segunda posição na parada “Billboard” em 1976.

A partir daí, reinou absoluta e passou a movimentar as pistas de dança de todo o mundo até o início dos anos 80, quando tentou se lançar em outros estilos musicais. Em 1983, lançou o sucesso “She Works Hard for the Money”.

Summer investiu também na carreira de atriz e apareceu no filme “Até que Enfim é Sexta-Feira” em 1978.

O 17º e último álbum de Donna Summer, “Crayons”, foi lançado em 2008.

Numa de suas últimas vindas ao Brasil, Donna Summer fez shows em São Paulo e no Rio, em novembro de 2009.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br/ilustrada – DE SÃO PAULO – 17.05.12)

Donna Summer, sua voz foi a batida e a trilha sonora de uma década.

“I feel love”, Donna Summer: ícone da música, da liberação sexual e dos gays

Pensar em LaDonna Adrian Gaines como alguém definidora de uma época é muito para muitos artistas, mas é pouco pela grandeza simbólica desta cantora nascida em Boston. Ela foi e é a Disco, a década de 70, mas também o chamado hedonismo que Madonna soube reaproveitar repaginado para a época da Aids nos anos 80 e 90. Negra, sexy, mulher, Donna Summer não poderia ser a melhor figura para personificar um certo ideal de liberdade almejado nos anos 1970 ( no bojo das lutas pelas direitos dos negros, da mulher e da liberdade sexual), mas que continua ainda de maneira silenciosa a nos cutucar. Sim, Donna Summer foi uma verdadeira “bad girl”.

Com o produtor italiano Giorgio Moroder, eles formaram uma espécie de dupla dinâmica da nova música para dançar que surgia direta dos globos espelhados.

Tremendamente sexy no visual, ela gravou a proibidona “Love To Love You Baby”, com sussurros e gemidos gravados ao longo de seus 17 minutos de música, isso em 1975. A BBC chegou a contar 23 orgasmos na música. Lógico que a faixa foi censurada em diversos países!”

Esta bomba sexy caíria no agrado de gays e travestis. Até hoje, muito de seus sucessos como “Hot Stuff”, “Enough Is Enough” e “My Life” são números constantes em shows de transformistas.

O hedonismo da música de Donna Summer e da vida gay pré-Aids – que estava muito mais a serviço de uma revolução dos costumes [contra família, o casamento e a ordem estabelecida bem ao gosto das contestações da geração pós-guerra]do que a atual luta por uma inserção neles [os costumes]e a conquista de direitos civis – se entrelaçam para iluminar uma ideia: a liberdade também é feita da liberação sexual.

O culto à Donna Summer também representa para muitos gays a afirmação que os caminhos da sexualidade e da liberdade sexual são múltiplos, uma espécie de sopro melódico hedonista contra os ruídos moralistas deste estranho terceiro milênio. Não à toa, a cantora se transformou como suas fãs transformistas em ícone gay, mesmo depois dela fazer aparições em diversos programas de TV cristãos, que costumam tratar os homossexuais como lixo. Mesmo assim, os gays nunca a abandonaram.

(Fonte: www.blogay.blogfolha.uol.com.br – POR Vitor Angelo – 17.05.12)

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