Domingos José de Almeida (1797-1871), um dos chefes republicanos da Revolução Farroupilha.

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Domingos José de Almeida (1797-1871), um dos chefes republicanos da Revolução Farroupilha. Fazendeiro, político, jornalista e militar brasileiro, nascido em Diamantina, no dia 9 de julho de 1797, Minas Gerais.

Migrou de Minas Gerais para o Rio Grande do Sul em 1819 para reunir tropas de mulas e levá-las até Sorocaba, mas acabou se estabelecendo em Pelotas, onde logo abriu um escritório destinado à venda de charque para o centro do país e para o exterior.

Empresário bem sucedido, além de dono de uma companhia de navegação com veleiros que transportavam produtos para as províncias do norte. Tornou-se proprietário de uma pequena charqueada às margens do rio São Gonçalo, o que fez dele um dos cidadãos mais prósperos de Pelotas nessa atividade. Também possuia uma olaria, fábrica de sabão e de velas de sebo.

Homem culto, era considerado como tendo uma das biblioteca mais completas do Rio Grande do Sul. Foi major e depois coronel da Guarda Nacional.
Vereador em Pelotas, foi eleito deputado provincial da 1ª Legislatura da Assembleia Legislativa Provincial do Rio Grande do Sul. No seu mandato lançou a campanha de alfabetização no Rio Grande do Sul, inconformado com o fato do Paraguai ter 408 escolas públicas e a província local nenhuma.

Foi, junto com Pedro Boticário, um dos mais intransigentes na deposição de Fernandes Braga e na tentativa de impedir a posse de José de Araújo Ribeiro. Foi secretário responsável pela ata da reunião histórica na Loja Maçônica Philantropia e Liberdade que decidiu pelo início da Revolução Farroupilha.

Com o início da Revolução Farroupilha recebeu a tarefa de organizar, o parque bélico farrapo em Pelotas e a fábrica de arreamento para a cavalaria.

Foi em sua casa que João Manuel de Lima e Silva curou-se dos ferimentos obtidos no combate do Passo dos Negros em 2 de junho de 1836. Foi também da senzala de sua charqueada saíram vários dos combatentes Lanceiros Negros, liderados pelo coronel Teixeira Nunes.

Foi um dos que convenceu Antônio de Sousa Neto a proclamar a República Rio Grandense, em 11 de setembro de 1836. Com Gomes Jardim assinou o decreto que criou a bandeira oficial Farroupilha.
Em 1838 compra a tipografia, onde o jornalista italiano Luigi Rossetti torna-se editor de O Povo.
Foi vice-presidente e ministro da Fazenda e do Interior da República Riograndense. Em 1840 determina a criação de uma planta para a nova povoação que viria a ser a cidade de Uruguaiana. Queria uma vila de apoio ao comércio com Buenos Aires já que as forças imperiais haviam conquistado as cidades de Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre acabando com o comércio destas cidades com o interior. Também participou da Assembleia Constituinte farroupilha.

Após o fim da guerra, abre o jornal diário Brado do Sul, em Pelotas, que funciona de 1858 a 1861, no qual chega a contratar Carlos von Koseritz como editor. Neste período também foi vereador, juiz de órfãos e coronel da Guarda Nacional. Domingos José de Almeida morreu em Pelotas no dia 6 de maio de 1871, aos 74 anos, onde mais tarde foi erigido um monumento em sua memória.

(Fonte: Correio do Povo – ANO 115 – Nº 218 – PORTO ALEGRE, QUINTA-FEIRA, 6 DE MAIO DE 2010 – Há um século no Correio do Povo – O dia 6 de maio na história)

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