Diana Athill, autora e editora, foi responsável por revisar e publicar obras de nomes como John Updike, Philip Roth, Margaret Atwood, Jean Rhys e V.S. Naipaul

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Editora foi responsável por publicar obras de nomes como John Updike, Philip Roth e V.S. Naipaul

 

 

Diana Athill (Norfolk, Reino Unido, 21 de dezembro de 1917 – 23 de janeiro de 2019), autora e editora, foi responsável por revisar e publicar obras de nomes como John Updike, Philip Roth, Margaret Atwood, Jean Rhys e V.S. Naipaul.

 

 

Diana Athill havia trabalhado com autores como Philip Roth, Simone de Beauvoir, Jack Kerouac e John Updike. Na década de 1980, ela própria se tornou um sucesso editorial, embora sempre passando ao largo da ficção – tem apenas um romance. Diana Athill escreveu memórias sobre seu trabalho, suas viagens e seus amantes. São muitas as passagens sobre ser “a outra” nos relacionamentos, relatos sobre o sexo livre mas não necessariamente prazeroso nos anos de 1970, inclusive com direito a diversos orgasmos fingidos.

 

 

A inglesa, que viveu a vida “por trás” dos livros com o sucesso como escritora, transformando seu olhar conflituoso em amor, trabalho e se aproximando da morte em memórias, é conhecida internacionalmente por títulos como “Uma Vida Extraordinária”, “Instead of a Letter” e “Stet”. Apesar do êxito global, seus trabalhos foram pouco traduzidos no Brasil.

 

 

Diana Athill nasceu durante um ataque aéreo em Londres, em 1917, e estudou inglês em Oxford. Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou para a BBC, antes de ajudar Andre Deutsch a fundar sua editora, Andre Deutsch Ltd Publishers, onde trabalhou pelas cinco décadas seguintes. Ela disse à revista New Statesman em 2012 que ser um editor, na maioria das vezes, era uma “coisa simples”. “Nós não teríamos publicado um romance se não pudéssemos publicá-lo quando chegasse”, disse ela. “Então, trabalhei para aperfeiçoá-los um pouco.” Ela se autodenominava “babá” em vez de editora, afirmando que apenas cuidava das obras.

 

 

Athill publicou oito memórias. Ela escreveu até os noventa anos, versando sobre sua própria vida e suas paixões – jardinagem, moda, família e sua velhice. Também falou sobre sua vida amorosa e não se esquivou do assunto do sexo como uma idosa, e seu livro “Uma Vida Extraordinária” (2008), um olhar franco sobre a velhice, seu primeiro a ser lançado no Brasil e conquistou o Prêmio Costa Biography e o National Book Critics Circle Award. Com 91 anos de idade, ela foi a autora mais velha a ganhar a história da premiação.

 

 

Ao criar, pela franqueza de suas memórias, uma vasta reputação como escritora, ela descreveu de maneira honesta as perdas e ganhos que a velhice traz, resgatando além de revelações sobre o mundo dos escritores. Repleta de passagens em que fica nítido seu talento em romper tabus, o título à tona relações e afetos que fogem aos padrões preconcebidos, a arte de exercitar a serenidade diante de relações amorosas, a obstinada fuga dos estereótipos e a confiança de que os laços afetivos mais importantes se sustentam simplesmente pelo que são.

 

 

Por conta de seus trabalhos, foi tema de um documentário da BBC de 2010, “Growing Old Disgracefully” (“Envelhecendo desonrosamente”, em tradução” literal). Em entrevistas ao The Guardian, em 2017, quando se aproximava seu aniversário de 100 anos, Athill disse que teve sorte em sua vida, acrescentando que “as coisas saíram tão bem para mim que eu pude ter uma filosofia muito relaxada, que é me divertir”.

Diana Athill morreu aos 101 anos em 23 de janeiro de 2019.

(Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/ArteAgenda/Variedades/Literatura/2019/01 – ARTE & AGENDA / VARIEDADES / LITERATURA – 24/01/2019)

(Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar – LONGEVIDADE: MODO DE USAR / BEM ESTAR / por Mariza Tavares – 21/05/2017)

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