Daniel Viglietti, ícone da música de protesto latino-americana

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Daniel Viglietti, ícone da música de protesto latino-americana

 

Daniel Viglietti, a voz da música popular uruguaia

Daniel Viglietti, a voz da música popular uruguaia (Foto: AFP / PABLO PORCIUNCULA)

 

 

Daniel Viglietti Alberto Indart (Montevidéu, Uruguai, 24 de julho de 1939 – Montevidéu, 30 de outubro de 2017), músico e compositor uruguaio, um ícone cultural de resistência às ditaduras no Uruguai e na América Latina. Símbolo da cultura latino-americana, o uruguaio Daniel Viglietti músico e militante foi a voz da música popular uruguaia, foi preso em 1972 e solto um ano depois, após um movimento internacional liderado por personalidades como Jean Paul Sartre, François Mitterrand, Julio Cortázar e Oscar Niemeyer. Quando, em 1973, uma ditadura militar assumiu o poder no Uruguai, ele foi para o exílio, primeiro para a Argentina e depois para a França. O artista retornou ao Uruguai em 1984, quando a nação já estava a caminho da recuperação das instituições democráticas.

 

 

Cantor uruguaio Daniel Viglietti ao lado do ex-guerrilheiro boliviano Oswaldo “Chato” Peredo, em Vallegrande, na Bolívia 05/10/2007 REUTERS/David Mercado (Foto: Reuters / Reprodução)

 

O cantautor, nascido em uma família de artistas, foi desde sua juventude um revolucionário com fortes convicções ideológicas de esquerda, se tornando uma referência da chamada música de protesto durante a década de 1960.

Viglietti, nascido em uma família de músicos, foi desde sua juventude um artista com fortes convicções ideológicas de esquerda, se tornando uma referência da chamada música de protesto durante a década de 1960.

Viglietti foi preso em 1972 e solto um ano depois, após um movimento internacional liderado por personalidades como Jean Paul Sartre, François Mitterrand, Julio Cortázar e Oscar Niemeyer. O cantor se exilou na Argentina e na França durante a ditadura uruguaia, de 1973 a 1985, e voltou a seu país junto com o retorno da democracia.

A desalambrar, de 1973, é considerada uma de suas canções mais emblemáticas e transcendeu as fronteiras do Uruguai. Junto com outros artistas uruguaios como Alfredo Zitarrosa, Los Olimareños e José Carbajal (El Sabalero), marcou uma época na música de protesto de seu país e da região.

O artista deixa mais de vinte álbuns entre álbuns de estúdio e compilações, e algumas das músicas mais populares de seu país: “Milonga de andar lejos”, “Gurisito”, “Yo no soy de por aquí” e “El Chueco Maciel”. A desalambrar”, de 1973, é considerada uma de suas canções mais emblemáticas e transcendeu as fronteiras do Uruguai. Suas obras foram interpretadas por cantores de várias nacionalidades, como Víctor Jara, Isabel Parra, Joan Manuel Serrat, Mercedes Sosa e Chavela Vargas. Em 2008, ele lançou seu último álbum, “Trabajo de hormiga”.

Em 2014, Viglietti esteve em Porto Alegre para participar do El Mapa de todos. Na ocasião, sentado na cadeirinha e acompanhado apenas por seu microfone e violão, ele encantou o público no Theatro São Pedro. O cantor e compositor também realizou trabalhos em rádio em vários países, incluindo Radio Educação de México ou a estação El Espectador, em sua terra natal.

“Creio que cada um com seu estilo, estávamos fazendo coisas, e sem nos darmos conta, era um trabalho coral. Nos classificaram como solistas, mas depois a vida nos mostrou que cantávamos em coro sem saber”, disse Viglietti em 2015, em entrevista ao jornal uruguaio La Diária.

Daniel Viglietti morreu na segunda-feira, em Montevidéu, aos 78 anos, enquanto passava por uma intervenção cirúrgica.

(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2499 – NOTÍCIAS – MÚSICA – CULTURA / Por Estadão Conteúdo – )

(Fonte: Zero Hora – ANO 54 – Nº 18.923 – 1º NOVEMBRO 2017 – TRIBUTO – Pág: 33)

(Fonte: Correio do Povo – ANO – Nº – Arte & Agenda – Variedades – Gente – 31/10/2017)

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