“DADOS PESSOAIS PRECISARÃO SER TRATADOS COMO LIXO TÓXICO.”
FELIX GAEHTGENS, diretor de pesquisas da Gartner

BANCOS DE DADOS PRECISARÃO DE ATENÇÃO ESPECIAL DAS EMPRESAS COM A NOVA LEI BRASILEIRA (FOTO: PEXELS)
Para a consultoria, volume de informações coletadas pelas empresas deve cair na adaptação à lei sancionada por Michel Temer
A sanção da nova Lei Geral de proteção de Dados pelo presidente Michel Temer, em (14/08), deu início ao prazo de 18 meses que as empresas terão para se adequar antes que ela passe a vigorar. Agora, será necessário repensar totalmente a utilização de dados das pessoas físicas, segundo comentaram nesta manhã executivos da consultoria Gartner.
Para Felix Gaehtgens, diretor de pesquisas da empresa, “dados pessoais precisarão ser tratados como lixo tóxico”, pois trazem uma responsabilidade enorme e, se vazarem, podem trazer grandes danos ao negócio — a lei prevê multas de até R$ 50 milhões.
Para a consultoria, que assessora políticas empresariais em todo o mundo, a tendência é que as companhias, em geral, reduzam o escopo de informações pessoais que pegam das pessoas, até para permitir uma economia de recursos financeiros para tratar os dados. “A lei exige rastreabilidade e consentimento [do titular dos dados]. Muitas empresas nem sabem quais dados que têm, de quem são, por que razão têm. Portanto, vão precisar entender o motivo específico para coletar cada informação. Isso tende a reduzir o volume de dados tratados e até facilitar o compliance da empresa”, afirma Claudio Neiva, vice-presidente de pesquisas do Gartner.