Considerado o primeiro grande registro escrito por um homem negro sobre a black music

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Amiri Baraka (Newark, 7 de outubro de 1934 – Nova Jersey, 9 de janeiro de 2014), poeta, dramaturgo e crítico musical americano. Ativista político, ele expandiu o debate sobre direitos civis através de poemas e peças.

Ele foi um ativista político influente na cultura americana, e, através da inclusão de críticas em seus textos e peças, expandiu os debates sobre direitos civis durante os anos 1960 e 1970.
Baraka, nascido LeRoi Jones, estava internado em um hospital de Newark desde o mês passado, informou seu agente.

Intelectual da geração beat e revolucionário marxista, ele liderou o movimento Black Power, que rejeitava o otimismo liberal, e incentivou a união racial e a disseminação da chamada arte negra. Seu livro “Blues people: Negro music in white America”, de 1963, é considerado o primeiro grande registro escrito por um homem negro sobre a black music.

Em um manifesto publicado dois anos depois, ele disse querer “poemas que matam”. Prolífico escritor de poemas, romances, ensaios, peças, musicais e óperas, ele inspirou uma geração de artistas. Usava com frequência palavras coloquiais e linguagem urbana, antecipando gêneros musicais como o rap e o hip-hop.

Polêmico, escreveu, em 2002, um poema em que sugeria que israelenses teriam informações privilegiadas sobre os ataques de 11 de setembro. Críticos chegaram a acusá-lo de antissemitismo, e também de homofobia e demagogia. Já seus defensores o chamavam de gênio, profeta e de “Malcolm X da literatura”.

A primeira obra de Baraka foi publicada ainda nos anos 1950, mas foi apenas na década seguinte que ele se consagrou na área, com a estreia de “Dutchman”. A peça abordava a relação entre um homem negro de classe média e uma mulher branca, e fez história justamente no auge do movimento dos direitos civis.

As influências de Baraka incluíam Kafka, Ray Bradbury e Mao Zedong. Ele também gravou músicas. Em 1972, lançou o álbum “Its nation time – African Visionary music”. Em 1996, colaborou com DJ Spooky na compilação “Offbeat”, da Red Hot, organização que combate a Aids através da cultura pop. Desse trabalho também participaram artistas como My Bloody Valentine, David Byrne e Tortoise.

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura – CULTURA – 10/01/14)

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