Clemente Luz, o primeiro cronista de Brasília

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Clemente Luz (Delfim Moreira (MG), em 29 de setembro de 1920 – 17 de outubro de 1999), jornalista, escritor, poeta e tido como o primeiro cronista da cidade de Brasília. O jornalista registrou, com lirismo, histórias dos primeiros tempos da cidade

Nascido no interior de Minas Gerais, em Delfim Moreira (MG), em 29 de setembro de 1920, de família bem humilde, Clemente se viu “obrigado” a enveredar para o mundo das letras, ainda menino, como ele mesmo relata em um dos seus livros, Minivida: “Em consequência de um acidente, que me levou três dedos na mão esquerda ainda em criança, quando fazia “artes” com a cana de açúcar, não fui encaminhado a uma oficina ou à lavoura.

As condições de vida de meus pais me levariam fatalmente a isso. Mas a perda dos dedos criou o drama de “educar o menino, pra não ter que pegar no cabo da enxada” ou no trabalho pesado. Resultado: enveredei bem cedo para a literatura e para o estudo que eram o meio mais fácil de fugir a tarefas pesadas.

Nos primórdios da capital federal, lá pelos idos de 1958, a hora do almoço era sagrada pra muita gente. Diariamente, por volta das 11h30 da manhã, os candangos sintonizavam seus radinhos de pilha na Rádio Nacional para ouvir aquele que muitos consideravam “a voz ou o texto de Brasília”. Seu nome, Clemente Luz.

O gosto pelas palavras foi se desenvolvendo e ele acabou fazendo carreira como jornalista nos principais veículos de comunicação de Minas e de Brasília, inclusive no Correio Braziliense. Isso sem falar nos livros que escreveu. Um dos mais marcantes é Invenção da Cidade, de 1967, que traz justamente uma coletânea das principais crônicas lidas diariamente na Rádio Nacional.

“Eram crônicas belíssimas, que ilustravam bem aquele áureo período. Retratavam aquela geração de homens rudes, de operários, de gente que veio tentar a vida. Ele tinha essa afinidade com o povo e conseguia transmitir aqueles pensamentos, aquela aura dos nossos primeiros habitantes de uma maneira suave, clara e lírica”, revela o jornalista, historiador e escritor Adirson Vasconcelos, que foi amigo de Clemente Luz.

Jornalista, exerceu o cargo de secretário de redação em vários jornais de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Brasília, para onde veio em 1958. Foi o primeiro cronista da Nova Capital. Como cronista diário da Rádio Nacional de Brasília, no período da construção da Capital, organizou dois livros, que só foram publicados depois:Invenção da cidade, 1968; e Minivida, 1972. Colab. em periódicos. Pert. à Associação Nacional de Escritores. Premiado no concurso literário da Fundação Cultural do Distrito Federal. Partic. daAntologia dos poetas de Brasília, 1971, org. de Joanyr de Oliveira; e Cronistas de Brasília, vol. 1, 1995, org. de Aglaia Souza. Bibl.: Ombros caídos, 1942; Bilino e Jaca, o mágico, 1943; Infância humilde de grandes homens, 1944; Aventura da bicharada, 1949; O caçador de mosquitos, 1956; Pedro Pipoca, 1958; e os dois livros anteriormente citados. 

Clemente Luz faleceu em 17 de outubro de 1999.

 

(Fonte:  http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2010/02/22 – 175015 – DIVERSÃO E ARTE – LITERATURA/ Por Ana Clara Brant – 22/02/2010)

(Fonte:  http://www.anenet.com.br – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ESCRITORES – 2011)

 

 

 

 

 

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