Cícero Dias, o precursor do surrealismo no Brasil, considerado um dos maiores nomes do modernismo brasileiro

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Cícero Dias, o precursor do surrealismo no Brasil

Foi um pioneiro frente aos concretistas.

Cícero Dias (Escada, 5 de março de 1907 – Paris, 28 de janeiro de 2003), artista plástico pernambucano, pintou um famoso mural no Recife, foi a primeira pintura mural abstrata da América do Sul. É de 1948 e estava na Secretaria da Fazenda.

O artista plástico pernambucano Cícero Dias, o último representante do movimento modernista brasileiro, nasceu em 5 de março de 1907, no pequeno município pernambucano de Escada, Dias era filho de um abastado senhor de engenho e, aos 13 anos, seguiu para o Rio de Janeiro para aprimorar seus estudos, como era comum aos garotos de boa família da época. A vida de Dias, no entanto, sempre foi marcada pela sede de renovação e inquietação.

Foi lá que começou a ter contato com as artes plásticas e, em 1928, realizou sua primeira exposição, em que mostrou o clássico painel Eu Vi o Mundo, com 15 m de largura. Os traços surrealistas já se mostravam presentes em sua obra, mas, a partir de 1937, com a mudança para Paris a influência de Pablo Picasso, de quem passou a frequentar o ateliê, tornou-se decisiva.

A abstração passou a ditar o trabalho de Dias nos anos 40, com quadros como Mulher na Praia e Mulher Sentada no Espelho, os primeiros onde explorou fortemente a figura feminina, elemento marcante em sua carreira. Depois da década de 60, a figura da mulher se encontraria com elementos da natureza no trabalho de Dias, estabelecendo a ponte entre as raízes de sua infância em Pernambuco e as influências recebidas na Europa.

Cícero Dias morou em Paris, quase que ininterruptamente, desde 1930, pernambucano realizou sua primeira exposição no Rio de Janeiro, em 1927. Eram paisagens líricas, algo ingênuas e já surrealistas. Modernas, embora ele recorde que (ninguém ouviu falar) da Semana da Arte de 1922 no Recife.

Ao partir muito jovem para a Europa, tornou-se amigo, entre outros, de Picasso, Braque, Miró e Kandinsky. À primeira fase sucedeu-se, depois da II Guerra Mundial (que o pintor passou em Portugal e no Brasil), um período abstrato.

Mais tarde retornando ao figurativismo, voltou também aos temas de seu Pernambuco natal. Sua fase do abstrato durou cerca de dez anos, depois da Guerra. Dias participou muito do movimento artístico de Paris, na ocasião. Mas, com o tempo, seu abstracionismo foi se diluindo.
(Fonte: Veja, 25 de junho de 1975 – Edição 355 – ARTE – Pág; 98)

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/183/aconteceu – ACONTECEU – TRIBUTO / por Dirceu Alves Jr. – 03/02/2003)

 

 

 

 

 

 

 

Cícero Dias, artista plástico pernambucano

Foi um pioneiro frente aos concretistas.

Integrou-se genuinamente no meio francês, atuando ao lado de Jean Arp (1887-1966) ou Auguste Herbin (1882-1960).

O artista é considerado um dos maiores nomes do modernismo brasileiro. Ele nasceu em 5 de março de 1907 na pequena cidade de Escada, no interior de Pernambuco.

Em 1920, aos 13 anos, Cícero se mudou para o Rio de Janeiro. Foi interno no mosteiro de São Bento. Entre 1925 e 1927, teve seu primeiro contato com os modernistas.

Em 1928, realizou sua primeira exposição, em que expôs o célebre painel “Eu vi o Mundo”, de 15 metros de largura. Em 1931, abriu uma exposição no Salão de Belas Artes.

No ano de 1937, foi para Paris. Um anos depois, Dias realizou suas primeiras exposições na cidade. Nessa época, em busca de novos rumos para seu trabalho, entrou em contato com as obras dos artistas da Escola de Paris.

O encontro causou um impacto muito grande, o que pode ser percebido nos seus quadros do início dos anos 40, entre eles “Mulher na Praia” e “Mulher Sentada com Espelho”. Há claramente uma inspiração nas obras de Pablo Picasso.

Em 1945, ingressou no grupo Espace. No ano seguinte, mostrou seus trabalhos na mostra na Exposition Internationale d”Art Moderne, no Museu de Arte Moderna de Paris.

No início dos anos 60, o artista pintou diversas telas com retratos de mulheres.

Em 2000 inaugurou uma praça projetada por ele mesmo em Recife.

Em fevereiro de 2011, Dias esteve na capital pernambucana para o lançamento de um livro sobre sua trajetória artística e fez uma exposição na galeria Portal, em São Paulo.

O artista plástico pernambucano Cícero Dias morreu dia 28 de janeiro de 2003, aos 95 anos, em sua casa em Paris, onde vivia desde 1937, de falência múltipla dos órgãos.

Estava ao lado da mulher, a francesa Raymonde, e da filha, Sylvia, na mesma tranquilidade que passou os últimos anos da vida. Há cerca de um mês, o pintor teve anemia e vinha recebendo cuidados médicos em casa.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada – ILUSTRADA / da Folha Online – 28/01/2003)

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