Charles Jarrott, ficou famoso pela sua obra prima: Ana dos Mil Dias, pela qual venceu o Globo de Ouro de Melhor Direção em 1969

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CHARLES JARROTT (1927–2011) foi um dos mestres do cinema de época britânico

CHARLES JARROTT (1927–2011) foi um dos mestres do cinema de época britânico

 

 

Charles Jarrott, veterano diretor que ficou famoso pela sua obra prima: Ana dos Mil Dias, pela qual venceu o Globo de Ouro de Melhor Direção em 1969. O filme recebeu dez indicações ao Oscar no mesmo ano, incluindo melhor filme. Ele ganhou um Emmy pelo telefilme “Uma História Feita de Gelo” (1994).

 

Geneviève Bujold e Richard Burton em Anna dos Mil Dias

Geneviève Bujold e Richard Burton em Anna dos Mil Dias

 

Ele foi um dos mestres do cinema de época britânico, especialista em filmes sobre a dinastia Tudor. Seus dois primeiros filmes, “Ana dos Mil Dias” (1969) e “Mary Stuart, Rainha da Escócia” (1971), ganharam entre si 15 indicações ao Oscar.

Ele também ganhou um Emmy em 1995 pelo filme “A Promise Kept: The Oksana Baiul Story”, feito especialmente para televisão.

Nascido em Londres em 1927, Jarrott serviu na Marinha Real durante a 2ª Guerra Mundial, antes de virar ator. Seus primeiros trabalhos como diretor foram para a TV canadense em 1953. De volta a Londres, ele amadureceu na chamada “era de ouro” da BBC, dirigindo telefilmes nos anos 60 ao lado de grandes diretores, como Ken Loach, Dennis Potter e David Mercer.

Seus melhores filmes foram mesmo os dois primeiros, sobre a monarquia britânica, que projetaram seus intérpretes em papéis indicados ao Oscar: Richard Burton (Henry VIII) e Geneviève Bujold (Anne Boleyn), em “Anna dos Mil Dias”, e Vanessa Redgrave (Mary Stuart) no papel título de “Mary Stuart, Rainha da Escócia”.

Glenda Jackson e Vanessa Redgrave em Mary Stuart, Rainha da Escócia

Glenda Jackson e Vanessa Redgrave em Mary Stuart, Rainha da Escócia

O auge veio cedo, assim como a queda. Sua carreira nunca se recuperou de seu terceiro projeto, uma versão musical de “O Horizonte Perdido” (1973), caríssima para a época e interminável (150 minutos de duração), que se tornou um fracasso retumbante de crítica e público. O filme, curiosamente, fez sucesso no Brasil e no Japão, onde as músicas de Burt Bacharach, a coreografia brega e os cenários kitsch ajudaram a transformá-lo num cult.

Seus próximos filmes embarcaram no melodrama. “Entre Dois Destinos” (1974), “O Pequeno Ladrão de Cavalos” (1976) e “O Outro Lado da Meia-Noite” (1977) poderiam muito bem ter sido feitos para a TV, destino da maior parte de sua produção nos anos 80 e 90. De tão novelesco e exagerado, “O Outro Lado da Meia Noite”, estrelado por Susan Sarandon, também desenvolveu um séquito de fãs, notadamente gays.

 

Peter Finch e Liv Ullmann em O Horizonte Perdido

Peter Finch e Liv Ullmann em O Horizonte Perdido

 

Mudou-se para Los Angeles no começo dos anos 80, onde foi trabalhar nos estúdios Disney, em filmes infantis e descartáveis como “A Última Viagem da Arca de Noé” (1980) e “Condorman – O Homem Pássaro” (1981). Acabou voltando à TV para dirigir biografias de pequenas celebridades, como a que lhe rendeu seu Emmy nos anos 90, baseado na história de uma patinadora de gelo.

Seu último filme foi “Turn of Faith” (2002), estrelado e co-produzido pelo ex-boxeador Ray Mancini.

 

Charles Jarrott faleceu, aos 83 anos, vítima de câncer de próstata. Ele já batalhava contra a doença por muitos anos e o tratamento não estava mais reagindo como o esperado. 

 

(Fonte: http://www.cineclick.com.br/noticias – NOTÍCIAS – por Da Redação – 07/03/2011)

(Fonte: http://pipocamoderna.virgula.uol.com.br/charles-jarrott-1927-2011/70424 – 7 de março de 2011)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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