Carmen Miranda, ícone do Brasil e paródia da “mulher ideal”, burra e simples

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Carmen Miranda: salário maior que o de Cary Grant

 

Carmen Miranda (Marco de Canaveses, 9 de fevereiro de 1909 – Los Angeles, 5 de agosto de 1955), cantora popularesca, ícone do Brasil e paródia da “mulher ideal”, burra e simples.

Nasceu em Portugal mas chegou ao Brasil ainda bebê. É um dos símbolos mais representativos do país no mundo. Nos anos 40, foi muito popular nos Estados Unidos, onde estrelou 14 filmes e se apresentou na Casa Branca. Foi a primeira artista latino-americana a deixar as marcas das mãos e dos pés no pátio do Grauman’s Chinese Theatre, em 1941.

Do seu nascimento em Portugal, em fevereiro de 1909, a sua trajetória no cassino da Urca, nos cine-jornais de Getúlio Vargas, na propaganda americana da “política de boa vizinhança”.

Carmen Miranda, branca mas representante de uma cultura negra, estabeleceu uma ponte entre dois universos até então separados. Com ela, o samba desceu o morro e entrou na casa dos ricos.

Carmen Miranda nunca teve a menor dúvida de que o caminho para o sucesso era ostentar felicidade, mesmo nos momentos de maior infelicidade, como quando o marido americano a espancava.

Quanto mais ela correspondia ao estereótipo de mulher brasileira, melhor. Ignorante, ciumenta e sensual, “Rosita” ou “Chiquita”, ao lado de Cesar Romero (1907-1994), cantando numa língua que os americanos não conseguiam entender.

Bananas no lugar do cérebro. Por isso Carmen Miranda é a figura mais imitada por travestis do mundo inteiro – é a paródia da mulher ideal, burra e simples.

Os cariocas se divertiam muito com os filmes de Carmen Miranda, mas começavam a espinafrar assim que se acendiam as luzes do cinema. Era o medo de se reconhecer naquela caricatura de brasileiro, com turbante de bananas na cabeça.

Foi lançado num prestigioso cinema de Nova York, Film Forum, o documentário Carmen Miranda: Bananas Is My Business. O título é tirado de uma frase que Carmen Miranda repetiu inúmeras vezes em sua carreira, que pode ser traduzida como “o meu negócio é banana”. Ou seja, ela só tinha sucesso em Hollywood porque rebolava e arregalava os olhos com um turbante de bananas na cabeça. 

Carmen Miranda sabia perfeitamente que ninguém esperava grandes interpretações dramáticas de sua parte. Consciente desse papel, acabou-se tornando a mulher mais bem paga dos Estados Unidos, com salários mais alto que os de Cary Grant e Errol Flynn.

BOA VIZINHANÇA – Todas as interpretações sociológicas sobre a imagem hollywoodiana de Carmen Miranda não levam em conta a coisa mais importante – a sua maneira de cantar. Através de trechos de velhos filmes diligentemente recolhidos, inclusive os poucos minutos que ainda restam dos seus musicais que ela roubou para os estúdios da Cinédia, percebe-se como era original e divertida a nossa música popular e como Carmen Miranda conseguia carregar de ironia essasa canções, com autores de alguns dos maiores sucessos, como Laurindo de Almeida (1917-1995) e Synval Silva (1911-1994), sambas dos anos 30 que até hoje tocam em todos os bailes de Carnaval.

Carmen Miranda morreu de ataque cardíaco, aos 46 anos, com um espelho na mão, em Hollywood.

(Fonte: Veja, 26 de julho de 1995 – ANO 26 – Nº 43 – Edição 1402 – CINEMA/ Por DIOGO MAINARDI – Pág: 132)

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – NOTÍCIAS / BRASIL / Mulheres pioneiras que marcaram a história do Brasil / por Zeleb.es – 09/03/2021)

 

 

 

 

 

Em 4 de maio de 1939, a cantora brasileira Carmen Miranda parte para turnê pelos Estados Unidos, onde teria grande sucesso.

(Fonte: Zero Hora – ANO 52 – Nº 18.100 – HOJE NA HISTÓRIA – Almanaque Gaúcho/ Por Ricardo Chaves – 4 MAIO 2015 – Pág: 36)

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