Carlos Medeiros Silva, cultivou um dos maiores e mais bem guardados segredos da história do Brasil

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Carlos Medeiros: simples e discreto

Carlos Medeiros Silva (Juiz de Fora, 19 de junho de 1907 – Rio de Janeiro, 3 de março de 1983), advogado e político, ministro da Justiça no governo Castello Branco. Carlos Medeiros reúne o silêncio do mineiro que nasceu em Juiz de Fora, e a discrição do advogado que não perdeu sua simplicidade, apesar de uma longa intimidade com o poder. Em 1937, companheiro fiel do Ministro da Justiça Francisco Campos, Medeiros cultivou um dos maiores e mais bem guardados segredos da história do Brasil: o texto integral e definitivo da Constituição do Estado Novo. Consultor-Geral da República durante o segundo Governo de Getúlio Vargas, organizou os estatutos da Petrobras, fornecendo o equipamento que tornou irreversível o monopólio estatal do petróleo.

Procurador-Geral da República na administração Juscelino Kubitschek, desmontou a máquina forense que favorecia a importação de automóveis estrangeiros. Finalmente, em 1964, iniciou o processo de renovação do Direito Constitucional Brasileiro: autor do Ato Institucional n.° 1, adotou inovações que acabariam formando o núcleo da Constituição de 1967. Ele próprio trabalhou nessa Constituição, como Ministro da Justiça do Governo Castelo Branco. No entanto, autor do Ato Institucional n.° 12, ele foi peça fundamental na solução jurídica que surgiu, rápidamente, para a crise aberta com a doença do Presidente Costa e Silva. Mais tarde com a doença em agosto de 1969, do Presidente Costa e Silva, o General Portela o procurou com uma solicitação urgente do Alto Comando das Forças Armadas. Em pouco tempo, o Ato n.° 12 estava pronto e à noite era lido pela Agência Nacional.

(Fonte: Veja, 10 de setembro, 1969 – Edição n° 53 – Política – Pág; 24/25)
(Fonte: Veja, 9 de março, 1983 – Edição n° 757 – DATAS – Pág; 99)

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