Carlos Castaneda, escritor esotérico apontado como líder do novo xamanismo americano

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Carlos Castaneda (Cajamarca, 25 de dezembro de 1925 – Los Angeles, 19 de abril de 1998), escritor esotérico apontado como líder do novo xamanismo americano, publicou dez livros, com relatos de experiências alucinógenas e rituais de feitiçaria indígena. Castaneda foi autor de uma série de best-sellers centrados num shaman Mexicano e visões induzidas farmacologicamente. Carlos César Arana Castaneda nasceu em dezembro de 1925 no estado de São Paulo.

Estudou na Argentina e partiu para Los Angeles com o intuito de estudar antropologia na Universidade da Califórnia. Na década de sessenta do século XX, iniciou no estado americano do Arizona e no mexicano de Sonora as pesquisas e aprendizados narrados em vários livros, ao que parece, de imensa repercussão. No decênio seguinte resolve omitir seus dados biográficos, mesmo gerando confusão e dúvida, dizendo-se bruxo e pregando a pouca importância do passado. Insistiu nisso a ponto de hoje desconfiar-se da sua nacionalidade, se realmente brasileira ou peruana. A morte de Castaneda foi anunciada no dia 27 de abril de 1998, que ocorreu no dia 19, vítima de câncer no fígado, aos 72 anos, em Los Angeles.
(Fonte: www.digestivocultural.com)
(Fonte: Veja, 24 de junho, 1998 -– ANO 31 –- N° 25 – Edição 1552 -– DATAS – Pág; 38)

 

Carlos Castañeda, escritor e antropólogo formado pela Universidade da Califórnia em Los Angeles.

Em 1959, quando ainda era estudante de antropologia na Universidade da Califórnia, Carlos Castañeda fez várias viagens ao México para colher informações sobre as plantas medicinais usadas pelos índios da área. Numa delas, foi apresentado a um índio, chamado Juan Matus, que concordou em ensinar-lhe tudo o que sabia. Durante cinco anos – entre 1960 e 1965 – os dois homens conversaram sobre o sentido da vida, o poder, o medo e a sabedoria.

(Fonte: Veja, 20 de fevereiro de 1974 – Edição 285 – LITERATURA/ Por Geraldo Mayrink – Pág: 98)

 

 

 

Para entender o fenômeno místico e esotérico mundial das últimas quatro décadas é necessário conhecer Carlos Castañeda, um dos autores mais misteriosos e impactantes dos últimos tempos. Sua obra compreende uma série de ensinamentos mágicos e psicológicos, envolvidos nos relatos de suas experiências vividas com don Juan Matus, um índio Yaqui mexicano.

Lançados no final da década de 1960, os escritos de Castañeda logo se tornaram uma referência para espiritualistas e antropólogos, o mesmo ocorrendo com sua figura pessoal. Muitos de seus leitores queriam reviver as experiências fantásticas narradas nos livros, ou mesmo travar conhecimento pessoal com Castañeda, quando não com o próprio don Juan.

Este interesse era motivado também pelas sombras que cercavam – e ainda cercam – sua estranha biografia. Enquanto alguns afirmam que Castañeda nasceu no Peru em 1925, naturalizado-se norte-americano em 1957, outros sugerem que Carlos Cesar Salvador Arana Castañeda na verdade nasceu no Brasil, na cidade de Mairiporã, no ano de 1935. A única certeza é que estudou antropologia nos Estados Unidos e aprendeu os segredos naguais no México, onde se tornou discípulo do bruxo don Juan Matus.

Sua naturalidade parece ser assunto que jamais será elucidado. No entanto, um fato curioso depõe contra sua nacionalidade peruana. Curiosamente, seus quatro primeiros livros teriam sido escritos em espanhol, mas foi necessária a contratação de um tradutor para a publicação das edições naquela que seria sua língua natural. Portanto, até mesmo uma foto que pretenda ilustrar a imagem real de Castañeda pode ser equivocada.

Publicou doze livros, os quais foram traduzidos para cerca de vinte idiomas e venderam aproximadamente dez milhões de cópias. Castañeda se converteu em um ícone do espiritualismo a partir da década de 70, e foi assunto de uma matéria de capa da revista Time, em março de 1973, cuja imagem ilustra este texto. Seus ensinamentos atraíram uma legião de seguidores, mas também críticos severos, que questionam a veracidade de seus relatos.

Seus três primeiros livros – A Erva do Diabo, Uma Estranha Realidade e Viagem à Ixtlan – foram escritos enquanto Castañeda ainda era aluno de Antropologia na Universidade da Califórnia. O conteúdo destas obras descreve os ensinamentos que recebeu de Don Juan, e serviu para que alcançasse sua graduação e seu doutorado nesta mesma instituição.

Castañeda narra os acontecimentos que o levaram a conhecer o bruxo Don Juan Matus no ano de 1960, com quem teve diversas experiências a respeito de realidades alternativas e de possibilidades adormecidas do ser humano. Don Juan é tratado como um autêntico Nagual, um homem que possui certos conhecimentos que o colocam na posição de líder de um grupo de sábios.

Através da narrativa de Castañeda é possível conhecer os variados poderes de um Nagual. Vivendo constantemente entre aquilo que chamamos realidade convencional e uma realidade alternativa – ou Estranha Realidade – um Nagual é capaz de assumir a forma física de um animal, através do emprego de elementos mágicos e ritualísticos de antigas civilizações do continente americano.

Quando encerrou sua aprendizagem com don Juan, num episódio narrado em seu querto livro, Porta para o Infinito, no qual apresenta completo domínio da ciência Jinas ao se atirar de um penhasco, Castañeda se retirou para uma casa em Los Angeles, onde reuniu um pequeno grupo de aprendizes, entre os quais se encontravam as “três bruxas”, suas discípulas mais próximas, cujos nomes fictícios são Florinda Donner-Grau, Taisha Abelar e Carol Tiggs.

Na década de 1990 deu início à divulgação da Tensegridade, uma série de movimentos que promovem mudanças físicas, energéticas e psicológicas, cujo objetivo seria conduzir o praticante a mais altos estados de consciência. Castañeda afirmava que tais exercícios faziam parte da antiga sabedoria dos Xamãs Toltecas, transmitida através de uma tradição composta por 25 gerações de sábios.

Também nesta época fundou uma instituição chamada Cleargreen, cujos objetivos seriam promover a Tensegridade através de seminários, além de cuidas das publicações do autor. Castañeda morreu em abril de 1998, devido à um câncer hepático. A obscuridade que o circundou durante toda a vida o acompanhou também durante a morte, que se tornou pública apenas em junho do mesmo ano.

(Fonte: www.sgi.org.br – Poderes Psiquicos/ Por Giordano Cimadon – 29/12/2010)

 

 

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