Brasil – Os primeiros cem anos Os Governantes

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El-Rei Governador-geral Sede Ano
D.Jo?o III (1521-1557) Tom? de Sousa Bahia 1549-53
|| Duarte da Costa Bahia 1553-56
D.Sebasti?o (1557-1578) Mem de S? Bahia 1557-72
|| Luis de Brito Almeida(norte) Bahia 1573-78
|| Ant?nio de Salema (sul) RJ 1574-78
D.Henrique (1578-1580) Louren?o d a Veiga Bahia 1578-81
Dom?nio Espanhol Manuel Teles Barreto Bahia 1583-87
Felipe II Francisco de Sousa Bahia 1591-1602

A conquista espiritual: era dever e obriga??o dos reis catolic?ssimos obter a convers?o dos gentios. O papado, a partir do s?culo 14, lhes garantia o usufruto das terras ignotas a serem desbravadas desde que em cumprimento da miss?o. Para os crist?os ib?ricos era-lhes evidente a voca??o para esta grande tarefa, pois Deus, entre todos os europeus, os escolhera como descobridores, como os desbravadores dos oceanos ?nunca dantes navegados?. Eles eram o novo povo eleito. Como assegurou O Cardeal Infante D. Henrique: ?Quando A Divina Provid?ncia nos desvendou gentes b?rbaras e mares desconhecidos e vinculou o cerro portugu?s, reinos e remotos imp?rios, ao mesmo tempo e sobretudo lhes vinculou a messe e a cultura das almas? Al?m disso acirrava-se a luta religiosa na Europa. A Dieta de Worms, em 1521, fracassara em deter Martim Lutero. A heresia protestante espalhou-se pela Europa: da Alemanha para a Su??a e desta para a Holanda, Escandin?via e Inglaterra.

A Igreja Cat?lica concentrou suas energias e esperan?as na Contra-Reforma, que se estendeu oficialmente de 1534 at? bem depois da abertura do Concilio de Trento em 1545, reconhecendo como sua vanguarda a Ordem dos Jesu?tas em 1540 e, em seguida, reativando a Inquisi??o em 1542. Pode-se dizer que a ?nfase com que os padres cat?licos se lan?aram na catequese dos nativos do Novo Mundo foi uma forma de compensar-se pela perda de quase todo o centro-norte europeu, que aderira igreja reformada. Eles, os ?ndios, deviam ser rapidamente convertidos e suas almas conquistadas antes que os hereges o fizessem, ao mesmo tempo em que Visita??es do Santo Oficio percorreriam as col?nias para expurgar as poss?veis amea?as do protestantismo, do juda?smo e do fetichismo.

Aldeamentos e col?gios: os padres observaram que os nativos regrediam ?s pr?ticas tribais (fetichismo, idolatria, canibalismo e promiscuidade sexual) assim que escapavam da sua esfera de influ?ncia. Decidiram-se ent?o pela ado??o dos aldeamentos ind?genas, for?ando ou atraindo-os para viverem em comunidades sob sua vigil?ncia. Os jesu?tas eram vistos pelos nativos como m?gicos, capazes de fa?anhas miraculosas. Como vieram em n?mero muito reduzido, trataram de edificar col?gios, como o que constru?ram, sob supervis?o do padre Manuel da N?brega, no Planalto de Piratininga, fundando em 1554, a que Jaime Cortes?o chamou acertadamente como a ?capital geogr?fica do Brasil?: a vila de S?o Paulo, cujo col?gio al?m do ensino ministrado ?s crian?as da regi?o, doutrinava monitores tupis nas no??es b?sicas do catecismo e da gram?tica para que eles os auxiliassem na divulga??o do evangelho.

O padre Anchieta, chamado de piahy, o ?supremo paj? branco?, tornou-se, como viu Wilson Martins, um autor engajado, produzindo poemas e autos teatrais com fim doutrin?rio, para cativar aquelas ?almas sem dono?. Aspilcueta Navarro, seu colega, era por sua vez dado a imitar os paj?s, repetindo-lhes as dan?as e as cantorias, e at? seus aparentes transes. Esses primeiros jesu?tas, diga-se, n?o tinham nenhuma imagem idealizada dos nativos. Ao contr?rio, viam-nos como irremedi?veis selvagens, dominados pelo dem?nio, despudorados e prom?scuos. Duvidavam que algum dia conseguiriam obter deles uma convers?o sincera. N?o esmoreceram por?m naquela imensa tarefa de tentar a convers?o de milhares de abor?gines espalhados por terras que eles, os jesu?tas, jamais haviam posto os p?s ou os olhos.

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