Bhumibol Adulyadej, rei da Tailândia, era o monarca mais longevo do mundo, tinha status quase divino

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Status quase divino do monarca faz da sucessão um tabu no país.

Monarca Bhumibol Adulyadej (Foto: Apichart Weerawong/AP)

Monarca Bhumibol Adulyadej (Foto: Apichart Weerawong/AP)

 

Bhumibol Adulyadej (Cambridge, Massachusetts, 5 de dezembro de 1927 – Bangcoc, 13 de outubro de 2016), rei da Tailândia, era o monarca mais longevo do mundo, ficou sete décadas no poder, ele era o decano dos monarcas em exercício no mundo: estava havia 70 anos no trono e goza de um status de semideus, fruto de décadas de culto a sua personalidade.

Adulyadej foi rei da Tailândia durante 70 anos e, para a maioria da população, representava um elemento de estabilidade no país.

Bhumibol, no trono desde 1946, é o único rei que conheceu a maioria dos tailandeses, que o tinham como um ser quase divino, símbolo de unidade e guia da nação.

Foto de 1946 mostra Bhumibol Adulyadej ao lado de sua então noiva, Sirikit Sitiyakara (Foto: AFP/Set de 1949)

Foto de 1946 mostra Bhumibol Adulyadej ao lado de sua então noiva, Sirikit Sitiyakara (Foto: AFP/Set de 1949)

Sucessão
A morte de Adulyadej coloca o país em um período de incerteza, porque o status quase divino do rei faz com que a questão de sua sucessão seja um tabu na Tailândia.

Seu filho de 64 anos, o príncipe herdeiro Maha Vajiralongkorn, o sucederá no trono.

O nome do sucessor, no entanto, foi informado à Assembleia Nacional em sessão especial em 13 de outubro. De acordo com o primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, ele já foi designado em 1972.

A morte de Bhumibol é um grande teste para os generais do país, que tomaram o poder em 2014 prometendo restaurar a estabilidade após uma década de caos político.

O  período turbulento foi intensificado pela piora do estado de saúde do rei, enquanto as elites competiam pelo poder.

Os militares têm ligações profundas com o palácio e muitos dentro do reino encararam o golpe como um movimento para garantir que os generais pudessem minar qualquer instabilidade durante a sucessão.

 

Mulher chora em desespero após o anúncio da morte do rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, no hospital Siriraj em Bangkok, onde ele estava internado (Foto: Chaiwat Subprasom/Reuters)

Mulher chora em desespero após o anúncio da morte do rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, no hospital Siriraj em Bangkok, onde ele estava internado (Foto: Chaiwat Subprasom/Reuters)

 

Bhumibol Adulyadej morreu aos 88 anos, em 13 de outubro de 2016, no hospital Hospital Siriraj onde estava internado em Bangcoc.

O monarca estava internado no Hospital Siriraj de maneira quase ininterrupta há mais de um ano e desde então a Casa Real emitiu 37 comunicados sobre o desenvolvimento de sua hospitalização. A última aparição pública do monarca foi no dia 11 de janeiro, quando realizou durante algumas horas uma visita ao palácio real de Chitralada.

Vestidos de rosa e amarelo, as cores da monarquia, mais de 500 fiéis budistas entraram durante o dia no local para depositar flores e acender incensos. Posteriormente, rezaram ajoelhados. Alguns carregavam retratos do rei enquanto mantinham a cabeça baixa e faziam as orações.

O rei já estava respirando por aparelhos e “sob terapia de substituição renal”, além disso sofria “com uma nova infecção”, segundo o boletim divulgado na televisão nacional.

Nas redes sociais, muitos tailandeses substituíram sua foto de perfil por uma imagem em amarelo e rosa na qual se lia “Longa vida ao rei”.

 

Mulher chora com uma foto do casal real da Tailândia na mão e é amparada por amigas em meio a um grupo acampado no hospital Siriraj, fazendo orações pelo rei Bhumibol Adulyadej, onde ele estava internado em Bangkok (Foto: Athit Perawongmetha/Reuters)

Mulher chora com uma foto do casal real da Tailândia na mão e é amparada por amigas em meio a um grupo acampado no hospital Siriraj, fazendo orações pelo rei Bhumibol Adulyadej, onde ele estava internado em Bangkok (Foto: Athit Perawongmetha/Reuters)

(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10 – MUNDO – NOTÍCIA – Do G1, em São Paulo – 13/10/2016)

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