Betty Friedan, autora feminista que se tornou famosa nos anos 60 por seu livro A Mística Feminina.

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Betty Friedan: a feminista que estremeceu a América

A autora feminista Betty Friedan (Peoria, 4 de fevereiro de 1921 – Washington, 4 de fevereiro de 2006), que se tornou famosa nos anos 60 por seu livro “A Mística Feminina”.

“As mulheres americanas estão impedidas de crescer até atingir sua capacidade humana total”, afirmou Friedan nessa obra, publicada em 1963, que deu um novo impulso ao feminismo nos Estados Unidos.

“Este problema sem nome é mais grave para a saúde física e mental de nosso país que qualquer doença conhecida”, disse Friedan, que completou 85 anos justamente neste sábado.

Nascida de uma família judia na cidade de Peoria, em Illinois, Friedan estudou no Smith College e no campus da Universidade da Califórnia em Berkeley.

Sua paixão era o jornalismo, e ela trabalhou na área até 1952, quando foi demitida quando estava grávida de seu segundo filho.

A idéia para “A Mística Feminina” surgiu de um encontro de ex-alunos Smith College, onde comprovou que suas antigas colegas estavam tão insatisfeitas em sua vida do lar como ela, que tinha se casado em 1947 com Carl Friedan, de quem se divorciou em 1969.

O livro se tornou um êxito de vendas, apesar de a minuta inicial, em forma de artigo, ser rejeitada por várias revistas para mulheres.

Na obra, Friedan se queixava da perda de potencial das mulheres dos EUA pela discriminação social, e denunciava que elas eram vítimas de um sistema que as forçava a encontrar satisfação pessoal de forma indireta, através do êxito de seus maridos e filhos.
Depois desse livro, ela escreveu outras obras, e também fundou com Pauli Murray a Organização Nacional de Mulheres dos EUA, uma associação que promove a igualdade de oportunidades para a mulher.
morreu neste sábado, aos 85 anos, em razão de um problema cardíaco.
(Fonte: Super Interessante – ANO 4 – Nº 1 – Janeiro de 1990 – Dito & Feito – Pág; 45 – Ana Rita Fonteles Duarte/Universidade Federal de Santa Catarina)
(Fonte: www1.folha.uol.com.br/folha/mundo – da Efe, em Washington – 04/02/2006)

Betty Friedan está para o movimento feminista como Picasso para a arte moderna ou Lenin para o comunismo: é o nome que personifica uma revolução. Paradoxalmente, nunca foi uma incendiária. Grande parte de seu apelo nos anos 60 vinha justamente do fato de que era uma dona-de-casa como a maioria das mulheres americanas. Cozinhava e passava para o marido e durante a fase final de seu casamento – soube-se mais tarde – foi vítima de violência doméstica. Na obra que foi o estopim do movimento feminista dos EUA, A Mística Feminina, de 1963, ela defendia um estilo de vida que é hoje consensual entre a maior parte dos casais de classe média e pode ser resumido em dois princípios básicos. Primeiro: o trabalho doméstico não traz realização para a mulher. Ela precisa ter uma profissão. Segundo: homens e mulheres devem dividir as tarefas da casa. Betty Friedan falou a VEJA em abril de 1971, no auge de sua popularidade.
(Fonte: www.veja.abril.com.br/especiais – Geral – 24/09/03)

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