Bento Prado Júnior, considerado um dos maiores filósofos brasileiros

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O filósofo e professor Bento Prado Júnior

 

Bento Prado Júnior

 

Bento Prado de Almeida Ferraz Júnior (Jaú, 21 de agosto de 1937 – São Carlos, 12 de janeiro de 2007), conhecido como Bento Prado, ou Prado Jr. Filosofo do departamento de Filosofia e Metodologia das Ciências da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

O professor Bento Prado de Almeida Ferraz Júnior, foi um dos mais importantes filósofos brasileiros, colaborou com outras instituições como Unicamp, Unesp e PUC-SP.

Considerado um dos maiores filósofos brasileiros da atualidade, ingressou na UFSCar em 17 de junho de 1977. Antes, foi livre-docente na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), onde trabalhou de 1961 e 1969.

 

Cassado pelo regime militar, ele foi desligado da USP em 29 de abril de 1969 por um Decreto Presidencial, que também aposentou precocemente 23 docentes daquela instituição, dentre eles Caio Prado Júnior, Octavio Ianni e Fernando Henrique Cardoso. Em 1988 ganhou o título de professor emérito da USP.

 

Foi autor de diversas obras importantes na área de Filosofia como “Presença e campo transcedental: consciência e negatividade na Filosofia de Bergston”, traduzido e publicado na França em 2002; “Alguns ensaios: Filosofia, Literatura e Psicanálise”, “Filosofia da Psicanálise” e “Erro, Ilusão, Loucura.”

 

Professor emérito de Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas na USP e professor do Departamento de Filosofia e Metodologia das Ciências da Universidade Federal de São Carlos, Bento Prado Jr. cursou filosofia na Universidade de São Paulo entre 1956 e 1959, período em que foi influenciado pelas ideias do filósofo francês Jean-Paul Sartre. Foi aluno de Cruz Costa, Lívio Teixeira, Ruy Fausto e Gérard Lebrun no lendário prédio da Rua Maria Antonia.

 

Pensador incansável, usou as palavras de Edmund Husserl, o fundador da fenomenologia, para definir a disciplina a que se dedicou: “A filosofia é uma ginástica intelectual terrível que você faz para conseguir ver aquilo que desde sempre estava na cara.” Livre-docente aos 28 anos No início de 1960 ingressou na USP como professor-assistente de História da Filosofia. No ano seguinte, viajou para a França, onde deu início aos seus estudos sobre o pensador francês Henri Bergson (1859-1941). Talentoso, com apenas 28 anos, em 1965, obteve o título de professor livre-docente com sua tese publicada com o título Presença e Campo Transcendental – Consciência e Negatividade na Filosofia de Bergson.

 

De volta ao Brasil e às atividades acadêmicas na USP, foi aposentado compulsoriamente pela ditadura militar em 1969, com mais 23 professores da instituição como Caio Prado Júnior, Octavio Ianni (1926-2004), Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, entre outros nomes conhecidos. Voltou para a França onde permaneceu como bolsista pesquisador do Centro Nacional de Pesquisas Científicas, em Paris. Certa vez declarou que, mesmo inativo por força da cassação, continuou atuando na USP como orientador de teses. Bento Prado Jr. só pôde voltar ao Brasil em 1974, quando então passou a lecionar na PUC.

 

Em 1977, foi convidado para trabalhar na Universidade Federal de São Carlos. Escolheu a cidade para fixar a sua residência e passou a dedicar-se à análise da subjetividade. Atuou como professor de filosofia e coordenador do programa de pós-graduação. Em 1998 ganhou o título de professor emérito da USP. Teve entre seus alunos alguns dos grandes filósofos brasileiros, como Marilena Chauí e Paulo Arantes. Bento Prado também atuou como colaborador de outras instituições como Unicamp, Unesp e PUC-SP, e exerceu funções em áreas como História da Filosofia, Filosofia da Mente e da Linguagem, Epistemologia da Psicologia e da Psicanálise e Filosofia de Bergson. Foi autor de diversas obras importantes na área de filosofia como: Alguns Ensaios: Filosofia, Literatura e Psicanálise, Filosofia da Psicanálise, Erro, Ilusão, Loucura, entre outros títulos.

 

Trabalhou em diversas universidades brasileiras nas áreas da história da filosofia, filosofia da mente e da linguagem e epistemologia da psicologia. É um nome que faz parte da história da Filosofia no Brasil.

Bento Prado Júnior faleceu em 12 de janeiro de 2007, aos 69 anos, devido a uma parada cardiorrespiratória, decorrente a um câncer na laringe, em São Carlos.

(Fonte: www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada – ILUSTRADA Da Folha online – 12/01/2007)

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral – NOTÍCIAS – GERAL – CULTURA / Por Agencia Estado, 12 Janeiro 2007)

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