Balenciaga, estilista responsável por uma geração, como Courrèges, Hubert de Givenchy e Ungaro.

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Balenciaga: na moda, até o fim

Cristóbal Balenciaga Eizaguirre (Getaria, 21 de janeiro de 1895 – Valência, 24 de março de 1972), costureiro e estilista espanhol, conhecido internacionalmente por Balenciaga, responsável pela formação de uma geração de seguidores ilustres, como André Courrèges, Hubert de Givenchy e Emmanuel Ungaro.

“Só ele pode ser chamado de costureiro. É o único que consegue desenhar, cortar, montar e costurar um modelo sem ajuda de ninguém.” Essa declaração, feita em 1968 em Paris pela grande dama da moda francesa Coco Chanel (1971), poderia servir como o mais perfeito epitáfio de Balenciaga.

Filho de um pescador espanhol de Guetaria, Balenciaga penetrou no mundo da moda pelas portas humildes das salas de costura, onde trabalhou como artesão até os vinte anos. Aos 22 já se apresentava em Paris, iniciando uma carreira que o tornaria durante trinta anos o costureiro de mulheres famosas como Elizabeth Taylor e a duquesa de Windsor. Em seu apartamento estilo Luís XVI da avenida George V, nos Champs-Elysées (onde reunia amigos como a rainha Fabíola, da Bélgica, e o pintor Bernard Buffet), Balenciaga tornou-se a partir da década de 1930 uma espécie de patriarca da alta costura.

Com uma preocupação de detalhes só comparável à sua sensibilidade na escolha de cores e tecidos, cobrava um mínimo de 800 dólares por seus modelos, chegando a milhares de dólares os vestidos de maior luxo. Mas eram preços que suas ricas clientes não hesitavam em pagar, a julgar por uma declaração de Barbara (Bobo) Rockefeller. “Usar em Balenciaga”, afirmava, “dá à mulher uma sensação de segurança.”

Em 1968, Balenciaga anunciou o fim da sua casa de alta moda. Alguns anos antes perdera um de seus discípulos preferidos, Courrèges, e achava-se velho demais para enfrentar a onda do prêt-à-porter. Balenciaga morreu dia 24 de março de 1972, aos 77 anos de idade, após enfarte sofrido no balneário de Javea, na costa espanhola, em Valência.

(Fonte: Veja, 29 de março, 1972 – Edição n° 186 – DATAS – Pág; 46)

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