Armênio Guedes, jornalista, ex-dirigente e opositor de Prestes no Partido Comunista Brasileiro

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Foi um dos primeiros comunistas brasileiros a defender a centralidade do conceito de liberdade nas lutas de esquerda

 

Armênio Guedes ingressou no núcleo dirigente do Partido Comunista em 1943

Armênio Guedes ingressou no núcleo dirigente do Partido Comunista em 1943

 

Armênio Guedes, secretário e opositor de Prestes no Partido Comunista

 

Armênio Guedes (Mucugê, na Bahia, em 1918 – São Paulo, em 12 de março de 2015), jornalista e ex-dirigente do Partido Comunista Brasileiro.

Foi um dos primeiros comunistas brasileiros a defender a centralidade do conceito de liberdade nas lutas de esquerda. Por seu comportamento “rebelde” foi boicotado pelos principais dirigentes do Partido Comunista, ao qual pertenceu por quase cinco décadas.

Nascido em Mucugê, na Bahia, em 1918, Guedes filiou-se ao Partido Comunista na década de 1930. Foi secretário e amigo de Luís Carlos Prestes, mas depois se tornou um contraponto ao líder comunista e chegou a romper com ele.

Nos anos 40, mudou-se para São Paulo e começou a desenvolver uma atividade que marcou o pensamento brasileiro do século XX. Armênio foi um dos principais articuladores da imprensa comunista no Brasil, criando diversas publicações, muitas vezes batendo de frente com a linha oficial do partido, fazendo que ideias circulassem e novos pensadores surgissem.

Foram nessas revistas que despontaram nomes como Leandro Konder e pensadores como o italiano Antonio Gramsci começaram a ser discutidos. Essas publicações inspiraram muitas outras similares e foram centrais para dar novos ares ao pensamento de nossa esquerda.

Armênio Guedes liderou uma corrente que rompeu com o stalinismo, a União Soviética e se alinhou aos partidos europeus da Esquerda Democrática.

Durante a ditadura, se opôs à luta armada e defendeu a aliança com o MDB, então único partido de oposição consentido pelo regime. Exilado, morou no Chile e na França.

Depois de sair do partido, trabalhou como jornalista na revista “IstoÉ” e na “Gazeta Mercantil”, onde editou a página de Opinião, foi secretário da Redação e editorialista.

Era amigo de políticos como os senadores José Serra e Aloysio Nunes Ferreira, ambos do PSDB de São Paulo, e do ex-deputado federal Roberto Freire (PPS).

Em 2013, o jornalista Sandro Vaia lançou a biografia “Armênio Guedes, sereno guerreiro da liberdade”, com prefácio de Ferreira Gullar.

Armênio Guedes morreu em São Paulo, em 12 de março de 2015, aos 96 anos, no hospital Samaritano, na região central da capital paulista. Sofreu uma infecção pulmonar, que se alastrou, e morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Deixou a viúva Cecília Comegno.

 

 

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/03/12 – NOTÍCIAS – POLÍTICA – Do UOL, em São Paulo – 12/03/2015)

(Fonte: http://www.valor.com.br/politica/3950682 – POLÍTICA – São Paulo – Por Thiago Brandimarte Mendonça / Para o Valor – 12/03/2015)

 

 

 

 

 

 

 

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