Arlindo Machado, referência nos temas arte e tecnologia, arte e mídia e audiovisual, foi professor na PUC-SP onde atuou no curso de Jornalismo e no Programa de Pós-graduação em Comunicação e Semiótica

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Pesquisador e curador de arte foi professor na PUC-SP de 1981 até 2013

 

Pioneiro do pensamento sobre televisão

 

Arlindo Machado, pioneiro do pensamento sobre televisão. (Imagem: Youtube/ Canal Sonhar TV)

 

Autor de extensa obra bibliográfica, professor contribuiu para a formação de uma geração de pesquisadores e artistas

 

Arlindo Ribeiro Machado (Pompeia, 17 de julho de 1949 – 19 de julho de 2020), curador de arte, pesquisador e professor, referência nos temas arte e tecnologia, arte e mídia e audiovisual, foi professor na PUC-SP de 1981 até 2013, onde atuou no curso de Jornalismo e no Programa de Pós-graduação em Comunicação e Semiótica.

 

Arlindo Ribeiro Machado Neto, professor, pesquisador, crítico e curador de arte e tecnologia. Atuava no Departamento de Cinema, Rádio e Televisão (CTR) e no Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais (PPGMPA), além de ter integrado o corpo docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) de 1981 a 2013, onde ministrou aulas no curso de Jornalismo e no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica.

 

Arlindo Machado foi um pioneiro na pesquisa sobre televisão e mídias digitais no Brasil. É uma pessoa que olhou pra televisão e reconheceu naquilo algo mais do que aquela velha celeuma de que a televisão não é arte, de que a televisão não tinha qualidade. Ele foi uma das primeiras pessoas a tocar o dedo nessa ferida. E isso não só com a televisão. Ele fez isso com o vídeo nos anos 80, quando o vídeo era um bebê caminhando.

 

Arlindo Machado dispensou para linguagens e formatos audiovisuais até então marginalizados foi fundamental para apontar os rumos da pesquisa sobre esses temas e para a formação de dezenas de pesquisadores e artistas. Sua extensa obra bibliográfica é uma importante referência para estudantes de audiovisual em diversas instituições, com destaque para livros como A Televisão Levada a Sério (2000) e Máquina e Imaginário: o Desafio das Poéticas Tecnológicas (1993).

 

Arlindo era professor do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP e do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da ECA-USP e curador de arte. Seu campo de atuação abrange o universo das chamadas “imagens técnicas”, ou seja, daquelas imagens produzidas através de mediações tecnológicas diversas, tais como a fotografia, o cinema, o vídeo e as atuais mídias digitais e telemáticas. Arlindo foi mestre e orientador de várias gerações de pesquisadoras(es) do cinema e audiovisual.

 

O pesquisador é autor de diversos livros nos campos da comunicação e do audiovisual, entre eles  O Sujeito na Tela (2007); A Televisão Levada a Sério (2000); Máquina e Imaginário: o Desafio das Poéticas Tecnológicas (1993); A Arte do Vídeo (1988);  A Ilusão Especular (1984), entre outros títulos e inúmeros artigos em revistas especializadas. É também coautor de Pantanal: A Reinvenção da Telenovela (2008) e Made in Brasil: Três Décadas do Vídeo Brasileiro (2003). Foi crítico de fotografia e vídeo na Folha de S. Paulo e curador de diversas exposições.

 

Organizou mostras de arte brasileira e internacional e dirigiu filmes de curta-metragem em 16 e 35 mm e trabalhos de multimídia em CD-ROM. Recebeu o Prêmio Nacional de Fotografia da FUNARTE, em 1995 e o Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia em 2007.

 

Dono de amplíssimo conhecimento teórico, além de um enorme acervo de produções audiovisuais em distintos gêneros e formatos, Machado não tinha afetações acadêmicas. Seus interesses iam do cineasta russo Sergei Eisenstein a programas de TV como Chaves, passando pelos videogames e pela obra do célebre vídeo-artista Nam-June Paik.

 

Arlindo Machado teve ainda um importante trabalho como curador, com destaque para sua colaboração com a Associação Cultural Videobrasil – fundamental para o estabelecimento do festival homônimo, o mais importante evento brasileiro dedicado à arte do vídeo – e com o Itaú Cultural (IC). Em 2013, junto de Fernando Cocchiarale, Machado foi responsável pela curadoria da exposição Waldemar Cordeiro: Fantasia Exata, que reuniu a produção de um dos mais importantes artistas concretos e pioneiro da arte eletrônica no Brasil. Realizada no IC, a mostra recebeu diversos prêmios, incluindo a premiação da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), considerada a melhor exposição de artes visuais daquele ano.

Machado também foi agraciado com o Prêmio Nacional de Fotografia da FUNARTE, em 1995, e o Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia em 2007. Tem uma obra autoral de seis filmes de curta-metragem em 16 e 35mm e três trabalhos de multimídia em CD-ROM. Uma de suas produções mais famosas é o curta O Apito da Panela de Pressão (1977). Obra dos tempos de estudante, realizada em 40 dias junto com Rubens Machado Júnior, hoje professor do CTR, e outros amigos da USP (o auto-denominado Grupo Alegria), o filme é uma referência para o movimento estudantil universitário.

 

Em 2019, durante o último congresso da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine), Arlindo Machado lançou quatro livros. Essa foi uma prova da inquietação inabalável deste pesquisador, que, sem deixar-se abater pelos problemas de saúde que enfrentou em seus últimos anos de vida, discutiu ideias com entusiasmo até o fim.

Arlindo Machado faleceu em 19 de julho de 2020, aos 71 anos.

(Fonte: Zero Hora – ANO 57 – N° 19.767 – 20 JULHO 2020 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 28)

(Fonte: http://www3.eca.usp.br/noticias – ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES / NOTÍCIAS / por Amanda Ferreira Nunes de Lima – 21/07/2020)

(Fonte: https://vejasp.abril.com.br – VEJA SÃO PAULO / Cultura & Lazer / Por Arnaldo Lorençato – 20 Jul 2020)

(Fonte: https://abcine.org.br – Associação Brasileira de Cinematografia (ABC) / Últimas Notícias – 20/07/2020)

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