Antonio Pinto Nogueira Aciolly, um dos mais influentes políticos do Ceará durante a República Velha.

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Antonio Pinto Nogueira Aciolly (Icó, 11 de outubro de 1840 – Rio de Janeiro, 4 de abril de 1921), presidente e um dos mais influentes políticos do Ceará durante a República Velha.

Filho do Coronel José Pinto Nogueira e de Ana Pinto Nogueira, família de descendência italiana, de troncos Achiolli. Nasceu a 11 de outubro de 1840, em Icó-CE, e faleceu a 4 de abril de 1921, no Rio de Janeiro-RJ. Era casado com a filha do Senador Pompeu, D. Maria Tereza de Sousa Acioli.

Comendador, bacharelou-se em direito e em letras pela Academia de Letras de Pernambuco, em 1864. Foi promotor público de Icó e de Saboeiro; juiz municipal de Baturité e Fortaleza; substituto da comarca especial de Fortaleza. Não era, porém, a magistratura a carreira que o destino lhe acenava com as mais risonhas esperanças, e sim, a Política, que o sagrou um dos chefes de maior prestígio no antigo e no novo regime, dando-lhe uma cadeira na Câmara dos Deputados Gerais, em 1880, e a escolha de senador em 1889, após valente pleito eleitoral, cheio de complicações e surpresas. Foi o 1º vice-presidente do Estado, senador Federal por duas vezes; presidente do Estado, em substituição ao coronel José Freire Bezerril Fontenele, e de novo em substituição ao Dr. Pedro Borges, em 1904, e reconduzido ao cargo em 1908; presidente da grande Convenção em que foi escolhido e aclamado o Dr. Rodrigues Alves, como candidato à Presidência da República. Governou o Ceará durante 20 anos, isto é, de 1892 até 24.02.1912. Vitorioso o movimento político pró-Franco Rabelo, foi forçado a deixar a presidência, embarcando para o Rio de Janeiro, recolhendo-se à vida privada.

A República fê-lo presidente do Congresso Estadual reunido após a deposição do general Clarindo de Queiroz. Foi a maior figura política do Ceará no 1º vintênio da República, vindo já em pleno destaque do regime monárquico. Apesar de relativamente ilustrado, na concepção literária e intelectual do termo, era dotado de uma acuidade de espírito que superava as demais, e possuidor de tino político raramente encontrado em chefes de partidos no País. Reuniu em suas mãos a maior soma de poderes que um homem público jamais reuniu no norte, e acusado, por todos os meios, por seus adversários e inimigos, de desonestidade administrativa, delapidação do dinheiro público etc.. Então, foi deposto pelas armas e a multidão insuflada incendiou as propriedades dos Aciolis, em Fortaleza, inclusive a Fábrica de Tecidos da família Pompeu (herança que havia recebido por parte da família da esposa). Embora haja cometido excessos como governante, o bem que praticou no governo foi bem maior do que as injúrias que lhe imputaram seus inimigos, pois, eles mesmos o proclamaram por ocasião da celebração do seu centenário de nascimento, solenemente comemorado pelo Instituto do Ceará, no “Auditorium da Escola Normal, a 11 de outubro de 1940”.

O Governo Imperial, em atenção aos serviços prestados à causa pública, outorgou-lhe a Comenda da Ordem da Rosa.

Foi o último Senador da Monarquia.

(Fonte: Veja, 23 de janeiro de 1991 – ANO 24 – N° 4 – Edição 1166 – ARQUITETURA – Pág; 94/95)
(Fonte: http://www.al.ce.gov.br/index.php/assembleia/ex-presidentes/32-ex-presidentes/150)

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