Antônio Parreiras, eleito o mais célebre pintor brasileiro vivo, aluno do alemão Georg Grimm

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Antônio Diogo da Silva Parreiras (Niterói, 20 de janeiro de 1860 – Niterói, 17 de outubro de 1937), eleito o mais célebre pintor brasileiro vivo, em 1925, o artista era eleito por 20 000 votos, em concurso promovido pela revista Fon Fon. Era um paisagista de rígido realismo e aluno do alemão Georg Grimm (1846-1887).
“Este senhor é o maior cabotino da pintura que o Brasil conhece”, escreveu Lima Barreto sobre Antônio Parreiras. Depois de sua morte, em outubro de 1937, em Niterói, onde nascera em janeiro de 1860, Parreiras foi enterrado no purgatório a que foram condenados os acadêmicos brasileiros, e com eles ressuscitou na década de 80.
TELAS PALACIANAS – Sua obra está na verdade espalhada no país, algumas com quase 7 metros quadrados, inclusive nos palácios governamentais de vários Estados por onde andou o pintor. Sua vida foi toda de sucessos. Depois da paisagens, interessou-se pelas figuras humanas e acabou especializando-se em cenas históricas, que lhe valeram a violenta crítica do autor dos “Bruzundangas”: “Paisagista de algum valor, mas mascate como o diabo, o Sr. Parreiras deu um dia para pintar quadros históricos e outras coisas por fotografias”, reclamava Lima Barreto.
Em sua trajetória artística, inclui várias etapas. Entre as paisagens, destacam-se a fazenda e o chalé de um médico de Niterói, Luís Carlos Fróis da Cruz, pintados por volta de 1880. Além disso, também apresenta alguns nus e espectros dos quadros históricos que lhe serviam para um marketing oficial. 
Sua obra e acervo está reunida e organizada no antigo Museu Histórico do Estado do Rio de Janeiro, em Niterói, exatamente a duas quadras da antiga residência do pintor, hoje Museu Antônio Parreiras.
(Fonte: Veja, 1º de julho de 1981 – Edição 669 – ARTE / Por MARINHO DE AZEVEDO – Pág: 123)
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