António Montez, participou na primeira telenovela portuguesa, “Vila Faia”, em 1982

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O ator durante a gravação do filme "O Outro Lado da Mentira" (Foto: JOSÉ CARLOS PRATAS/GLOBAL IMAGENS)

O ator durante a gravação do filme “O Outro Lado da Mentira” (Foto: JOSÉ CARLOS PRATAS/GLOBAL IMAGENS)

 

 

António Montez (Cartaxo, 25 de maio de 1941 – Lisboa, 22 de dezembro de 2014), ator era conhecido do público por ter feito parte do elenco de várias novelas como “Vila Faia”, “Origens”, “Chuva na Areia”, “Floribella”, “Vingança” ou “Olhos nos Olhos”.

O ator António Montez, participou, entre outras, na primeira telenovela portuguesa, “Vila Faia”, em 1982

Natural do Cartaxo, no distrito de Santarém, António Montez recordou numa conversa naquela vila ribatejana, que começou a carreira aos 23 anos, no Teatro Experimental do Porto, depois de ter deixado a licenciatura de Medicina.

Montez enveredou pela carreira de ator aos 23 anos, no Teatro Experimental do Porto, onde na época trabalhava o encenador Carlos Avilez. Em setembro de 2010, numa tertúlia organizada pelo ator José Raposo, no Centro Cultural do Cartaxo, Montez recordou esse tempo: “Fiz 12 peças seguidas, dez das quais como protagonista absoluto. Foi o melhor de todos os conservatórios”.

Tornou-se conhecido do grande público, ainda na década de 1970, com a participação em encenações de teatro televisivo, nomeadamente de Artur Ramos, na RTP e, mais tarde, com a participação em telenovelas como “Vila Faia”, “Chuva na Areia” e “Olhos nos Olhos”, entre outras.

António Montez fixar-se-ia em Lisboa, no final da década de 1960, trabalhando para companhias da capital, na rádio e para a televisão.

Fez parte do elenco da “Trilogia das Barcas”, de Gil Vicente, e do “Auto da Natural Invenção”, em adaptações de Luís Francisco Rebello, sob a direção de Artur Ramos, para a RTP.

António Montez trabalhou igualmente com o realizador e encenador, na adaptação de “Morte de um Caixeiro Viajante”, de Arthur Miller, ao lado de Fernanda Borsatti e Rogério Paulo, peça que foi do palco do Teatro Maria Matos, em Lisboa, para a noite de teatro da RTP, em 1974.

A encenação de “Português, escritor, 45 anos de idade”, de Bernardo Santareno, que Montez protagonizou, como escritor adulto, foi igualmente estreada no Maria Matos, na capital portuguesa.

Em 1974 fez parte do grupo fundador do Teatro Adoque, instalado no Martim Moniz, em Lisboa, do qual fizeram parte atores como Ermelinda Duarte, com se casou, Francisco Nicholson, Carlos Gonçalves, José Viana e Henrique Viana, entre outros, estreando originais como “Pides na Grelha” e “CIA dos Cardeais”.

O ator participou na primeira telenovela portuguesa, “Vila Faia”, em 1982, contracenando com Mariana Rey Monteiro, Glória de Matos, Ruy de Carvalho, Adelaide João e Rosa Lobato de Faria, entre outros, inaugurando um trabalho, na produção televisiva, que viria a marcar o seu percurso.

Ao longo da carreira participou telenovelas e séries televisivas como “Origens”, com Curado Ribeiro e Florbela Queiroz, “Chuva na Areia”, com Rui Mendes, Alina Vaz e Armando Cortez, “Cinzas”, com Maria João Luís, André Gago e Ricardo Carriço, e, mais recentemente, em “Olhos nos olhos”, “Vingança” e “O olhar da serpente”.

Até 2002, somou participações em cerca de 20 séries e telenovelas, nomeadamente “Camilo, o pendura”, “Floribella”, “Um sarilho chamado Marina”, “Aqui não há quem viva”, e nas séries dramáticas “Pedro e Inês”, “Alves dos Reis” e “Conde de Abranhos”, que adaptava o original de Eça de Queiroz.

No cinema, fez parte dos elencos de “Alexandre e Rosa”, curta-metragem inicial de João Botelho, e de “Dina e Django”, de Solveig Nordlund (1982), assim como de “Amália, o filme”, (2008), de Carlos Coelho da Silva.

Em 1971, protagonizou “Pedro só”, de Alfredo Tropa, um dos títulos que, na altura se juntou à produção do Novo Cinema Português.

Em 1961/62, no início da carreira, foi assistente de realização de Ernesto de Sousa, no filme “Dom Roberto”, drama protagonizado por Raul Solnado e Glicínia Quartin, com argumento de Alexandre O’Neill.

A dobragem de filmes para português esteve presente no seu percurso mais recente, em particular para o público mais novo, como “Monsters, Inc” e “The Incredibles”.

Em 2009, o ator participou nas leituras do Teatro São Luiz, em Lisboa, por ocasião dos 30 anos da publicação de “Corpo-delito na Sala de Espelhos”, de José Cardoso Pires.

Nascido em 1941, no Cartaxo, a última vez que subiu ao palco na sua terra natal, foi em 1969, ao lado de Raul Solnado, na peça “A Preguiça”, no Cine-Teatro Ribatejo.

Na tertúlia de setembro de 2010, no Centro Cultural do Cartaxo, Montez recordou seu avô, o médico Júlio Montez, conhecido no concelho como “o pai dos pobres”. Foi por ele que entrou em Medicina. Mas, “entre dois amores”, escolheu o palco. “Até hoje ainda não me arrependi”, disse então.

António Montez era casado com a também atriz Ermelinda Duarte, pai da atriz Helena Montez. 

António Montez de 73 anos, morreu dia 22 de dezembro de 2014, na sequência de uma falência renal, numa unidade hospitalar, em Lisboa.

 

 

(Fonte: http://www.movenoticias.com/2014/12/morreu-ator-antonio-montez – ATUALIDADE – 22 Dezembro, 2014)

(Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=4309965 – JORNAL DE NOTÍCIAS – 22/12/2014)

 

 

 

 

 

 

 

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