Ana María Matute, escritora espanhola que recebeu o prêmio Cervantes em 2010

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Matute ganhou muitos prêmios, entre os quais se destaca o Miguel de Cervantes, considerado o Nobel das letras hispânicas, em 2010.

Ana María Matute (Barcelona, 26 de julho de 1925 – Barcelona, 25 de junho de 2014), escritora, ganhadora do prêmio Cervantes de 2010. A romancista foi, um dos principais expoentes da literatura do pós-guerra na Espanha. 

Ana María se destacou em três vertentes literárias: realista, fantástica e infantil. Sua obra foi forjada com um estilo sensível que escondia a complexidade do ser humano.

Nascida no dia 26 de julho de 1925, na capital da província espanhola da Catalunha, em Barcelona, Matute pertence a uma geração de espanhóis cuja infância ficou marcada pela Guerra Civil (1936-1939) e a juventude pela miséria e pela falta de liberdades do pós-guerra sob a ditadura de Francisco Franco (1939-1975).

As dificuldades deste tempo deixaram marcas em sua produção literária, que mostra um desejo de fuga e uma tentativa de se distanciar desta realidade mediante elementos mágicos ou fazendo uso de um característico olhar infantil ao escrever suas obras.

Narradora precoce, Matute escreveu e ilustrou aos quatro anos depois de ficar à beira da morte por uma infecção renal. Desde então seguiu dedicada à literatura e com 17 anos enviou à editora Destino seu primeiro romance, “Pequeño teatro”.

Além do Cervantes, a obra de Matute, tanto seus romances quanto seus relatos curtos e contos infantis, foi reconhecida com muitos prêmios, como o Planeta, em 1954, precisamente por “Pequeño teatro”, o prêmio Nacional de Literatura, o prêmio Nadal ou o prêmio Nacional de Literatura Infantil e Juvenil.

Em 1998 ocupou o assento K da Real Academia Espanhola da Língua, na qual havia ingressado dois anos antes e onde foi a terceira mulher a entrar em 300 anos, depois da escritora Carmen Conde e da historiadora Carmen Iglesias.

Terceira mulher a ganhar o prêmio Cervantes, maior honraria literária da língua espanhola, Ana María foi capaz de escrever um realismo permeado de lirismo. Entre seus principais livros, destacam-se “Los Abel” (1948), “Pequeño teatro” (1954), “El río” (1973), “Olvidado Rey Gudú” (1996) e “Primera memoria”, pelo qual recebeu o prêmio Nadal de 1959.

Seu último romance, “Demonios familiares”, inédito, foi lançado na Espanha em setembro de 2014 pela editora Destino.

“Do ponto de vista sociológico, seu papel foi relevante no pós-guerra por sua condição de mulher que venceu no jogo de um mundo machista. No quesito literário, sua importância reside na realidade refletida através das doses de ironia de suas linhas duras e poéticas”, afirma Emili Rosales, editor da Destino.

Ana María Matute morreu em casa em 25 de junho de 2014, em Barcelona. Ela completaria 89 anos em julho.

 

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/livros – CULTURA – LIVROS – MADRI – POR EL PAÍS – 25/06/2014)

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2014/06 – POP & ARTE – Da France Presse – 25/06/2014)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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