Alija Izetbegovic, ex-líder bósnio muçulmano, que governou o país dos Balcãs durante a turbulenta década de 1990

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O ex-presidente bósnio Alija Izetbegovic, foi ícone da guerra da Bósnia

Alija Izetbegovic, foi ícone da guerra da Bósnia (Foto: Alchetron/Divulgação)

Alija Izetbegovic, foi ícone da guerra da Bósnia (Foto: Alchetron/Divulgação)

Alija Izetbegovic (Bósnia-Herzegovina, 8 de agosto de 1925 – Sarajevo, 19 de outubro de 2003), ex-líder bósnio muçulmano , personagem-chave da guerra da Bósnia-Herzegovina (1992-1995), e que governou o país dos Balcãs durante a turbulenta década de 1990

Alija Izetbegovic, por muito tempo presidente da Bósnia-Herzegovina e presidente honorário do Partido da Ação Democrática, abandonou a política em 2000 devido à sua frágil saúde e às deterioradas relações com o Ocidente. 

Ele era popular entre colegas muçulmanos por resistir às tentativas sérvias de dividir a Bósnia depois de ter rompido com a ex-Iugoslávia em 1992. Izetbegovic também era reconhecido entre líderes islâmicos em todo o mundo. Entretanto, os servio-bósnios o acusaram de genocídio contra Izetbegovic no tribunal de crimes de guerra da Organização das Nações Unidas (ONU), alegando que ele sabia sobre os assassinatos em massa de civis sérvios e do tratamento desumano aos prisioneiros de guerra e que fracassou em agir para impedir a ação.

Eleito à frente da presidência colegiada da Bósnia, em 1990, nas primeiras eleições pluralistas no país, Izetbegovic permaneceu como membro do executivo após a guerra até outubro de 2000, quando renunciou por motivos de saúde. As mesmas razões o levaram a renunciar às suas funções de presidente do Partido Ação Democrática (SDA), principal formação política dos muçulmanos da Bósnia.

Izetbegovic foi um dos signatários dos acordos de paz de Dayton (EUA), que puseram fim à guerra em dezembro de 1995, e oficializou a divisão da Bósnia-Herzegovina em duas entidades, a República Srpska (RS, entidade sérvia) e a Federação croato-muçulmana.

O ex-presidente era geralmente percebido como um nacionalista moderado, apesar de suas declarações às vezes controvertidas, mas seu partido, que fundou em 1989, foi regularmente acusado pela comunidade internacional de deter a aplicação dos acordos de Dayton (EUA) e de impedir a volta da população não-muçulmana a Sarajevo.

A Bósnia-Herzegovina tem 3,8 milhões de habitantes, dos quais 40% são muçulmanos, 31% sérvios (ortodoxos) e 10% croatas (católicos). Segundo estimativas das Nações Unidas, um milhão de bósnios ainda estão deslocados por causa da guerra, dois terços dos quais no interior do país.

Alija Izetbegovic, de 78 anos, morreu em um hospital de Sarajevo, onde ele deu entrada em 10 de setembro depois de desmaiar em sua casa e quebrar quatro costelas. Ele foi transferido para a divisão de cardiologia há duas semanas para tratar de um problema cardíaco crônico. Seus problemas cardíacos o levaram a implantar um marcapasso na Eslovênia, em 2002, e fazer tratamento em um hospital de Riad, na Arábia Saudita.

Há muito tempo ele sofria de problemas no coração e se tratou em hospitais dos Estados Unidos, Arábia Saudita e Eslovênia.

A morte do ex-presidente bósnio havia sido anunciada antes por Sulejman Tihic, membro muçulmano da presidência tripartite bósnia.

As redes de televisão e rádio bósnias interromperam suas programações para anunciar o falecimento de Izetbegovic.

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/inter/afp/2003/10/19 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – SARAJEVO (AFP) – 19 outubro de 2016)

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias – NOTÍCIAS – MUNDO – 19 de outubro de 2003)

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